Debate contou com as participações de representantes de ITEMM - Instituto de Tecnologia do Grupo Moura, Caloi, CBMM - Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração e Dow
Texto e fotos: Dow
Para discutir as oportunidades e desafios para o Brasil no setor microbilidade e mobilidade elétrica, além da questão da sustentabilidade e sua democratização, a Dow realizou um fórum virtual no dia 24 de novembro. A moderação do evento foi feita por Thays dos Santos, Gerente de Desenvolvimento para Mobilidade e Transporte, e Líder da rede de diversidade GAAN (Global African Afinity Network) na Dow, que expôs alguns números do mercado. “Hoje, temos mais de 30 milhões veículos elétricos no mundo, sendo que 45% deles estão na China e 31% deles na Europa. Nos Estados Unidos, 40% da população americana considera adquirir um veículo elétrico na sua próxima compra. Aqui no Brasil, os veículos elétricos representam menos de 2% do mercado. Já o número de usuários diários de microbilidade cresceu de 8% para 15% em 2020”. Rogério Ribas, Gerente Executivo de Produtos de Bateria na CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), informou que estudos apontam que até 2030 metade da frota no mundo será eletrificada, sendo que 15% dos veículos devem ser totalmente elétricos. “Mantendo uma produção de 100 milhões de veículos por ano, com certeza, num cenário bem conservador, vamos ter mais de 50 milhões de veículos sendo produzidos anualmente com tecnologias elétricas. A escolha por essa inovação não é apenas colocar uma tecnologia mais sustentável, mas uma questão de sobrevivência do negócio. Olhando para o Brasil, não acredito que em 10 anos teremos percentuais de 15% de frota elétrica. Esse número deve ser bem menor em comparação a outros países. Acredito que devemos ficar abaixo dos 5%, principalmente pelo custo e infraestrutura de recarga”.
Luiz Mendes, Representante de Contas da Dow e responsável pelos segmentos de Mobilidade, Eletrônicos e Appliances no Brasil, disse que 2021 foi um ano particular para a indústria de veículos elétricos no país. “Tivemos um número muito expressivo de licenciamentos, que superou todas as expectativas. Levantamento da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) relevou que a frota elétrica em circulação no Brasil chegou a 40 mil veículos. Mesmo diante desse cenário, o país precisa ter um plano estratégico nacional que envolva governo, setor privado e sociedade para enfrentar desafios de infraestrutura, principalmente com relação ao carregamento de carros, ônibus e caminhões, no sentido de ter maior inserção de veículos elétricos e custo mais acessível”. Para Eduardo Camarotti, Pesquisador no ITEMM (Instituto de Tecnologia do Grupo Moura), o desafio para mobilidade elétrica é a conscientização. “É preciso movimentar governo e indústrias no sentido da sustentabilidade para deixar um planeta melhor para todos”. Ele também expôs que é preciso melhorar o incentivo à pesquisa e qualificar o país para que estejamos preparados, a fim de atender às demandas do mercado, como de equipamentos eletrônicos”.
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