O ponto final da trilogia traz
muitas respostas, mas deixa vĂ¡rias perguntas no ar
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Walt Disney Studios Motion Pictures
Trilogia tem geralmente essa mĂ¡gica,
a gente assiste um dos filmes e fica querendo saber como foi o anterior ou como
serĂ£o as continuações. NĂ£o foi diferente com esta que foi escrita e dirigida
pelo indiano naturalizado americano M. Night Shyamalan, que tem como caracterĂstica
aquela coisa do “nĂ£o Ă© bem isso que vocĂª estĂ¡
vendo”.
Essa criaĂ§Ă£o de trĂªs capĂtulos demorou quase 20 anos para ser realizada, o primeiro filme veio no embalo do sensacional O Sexto Sentido que foi um enorme sucesso de pĂºblico, renda e que o projetou definitivamente como grande diretor e roteirista. A trilogia entĂ£o começou com o enigmĂ¡tico Corpo Fechado e 16 anos depois veio o perturbador Fragmentado, que mostra o diretor voltando Ă boa forma que o consagrou.
Quase dois anos depois dessa volta, estrĂ©ia no Brasil hoje e a amanhĂ£ nos Estados Unidos a passada de rĂ©gua (pelo menos devemos pensar assim) com a estrĂ©ia de Vidro (Universal Pictures, Buena Vista International, Blinding Edge Pictures, Blumhouse Productions, Walt Disney Studios Motion Pictures) que se for visto por quem nĂ£o acompanhou os outros dois longas, vai certamente ficar boiando na estĂ³ria.
Na verdade M. Night Shyamalan, que arrisca fazer uma participaĂ§Ă£o a La Hitchcock (que Ă© mais falsa que nota de 3) une os acontecimentos dos dois filmes anteriores para deixar tudo explicadinho. Ele monta um novo suspense dos quadrinhos e traz de volta os personagens de Bruce Willis (David Dunn), Samuel L. Jackson (Elijah Price ou Sr. Vidro), James McAvoy (Kevin Wendell Crumb e suas 24 personalidades) e Anya Taylor-Joy (Casey Cooke), tem uma particularidade no jeito dele escrever o roteiro, todos brilham demais na trama e os outros atores orbitam de forma, digamos, informal.
A direĂ§Ă£o Ă© muito competente e cheia de detalhes sutis que mostram Dunn em um encontro com a Fera, uma das personalidades de Crumb e tem tambĂ©m a presença sombria de Price orquestrando o caos, mas o filme fica devendo uma maior complexidade de roteiro, Ă© tudo muito claro e simples demais, sempre dĂ¡ pra antecipar o que esta por vir.
A fotografia Ă© bem clara e nĂtida, mesmo se tratando de um tema tĂ£o obscuro, Mike Gioulakis usou a mesma tĂ©cnica de Fragmentado, isso dificulta muito a realizaĂ§Ă£o dos efeitos especiais e visuais, grande parte da aĂ§Ă£o acontece em locais internos muito iluminados ou externos durante o dia, com isso a parte tĂ©cnica de captaĂ§Ă£o e ediĂ§Ă£o Ă© de se tirar o chapĂ©u.
Vidro Ă© um filme cadenciado, sĂ£o 2 horas e 9 minutos de exibiĂ§Ă£o e nĂ£o pode ter pressa, nĂ£o tem frases marcantes mas tem ações instigantes, mantĂ©m a caracterĂstica do diretor de fazer filmes com um orçamento baixo (esse custou US$ 20 milhões), a classificaĂ§Ă£o indicativa Ă© de 14 anos e claro, como todos os filmes de M. Night Shyamalan, deixa aquela sensaĂ§Ă£o de “serĂ¡ que vai ter mais?”, vamos aguardar!
Essa criaĂ§Ă£o de trĂªs capĂtulos demorou quase 20 anos para ser realizada, o primeiro filme veio no embalo do sensacional O Sexto Sentido que foi um enorme sucesso de pĂºblico, renda e que o projetou definitivamente como grande diretor e roteirista. A trilogia entĂ£o começou com o enigmĂ¡tico Corpo Fechado e 16 anos depois veio o perturbador Fragmentado, que mostra o diretor voltando Ă boa forma que o consagrou.
Quase dois anos depois dessa volta, estrĂ©ia no Brasil hoje e a amanhĂ£ nos Estados Unidos a passada de rĂ©gua (pelo menos devemos pensar assim) com a estrĂ©ia de Vidro (Universal Pictures, Buena Vista International, Blinding Edge Pictures, Blumhouse Productions, Walt Disney Studios Motion Pictures) que se for visto por quem nĂ£o acompanhou os outros dois longas, vai certamente ficar boiando na estĂ³ria.
Na verdade M. Night Shyamalan, que arrisca fazer uma participaĂ§Ă£o a La Hitchcock (que Ă© mais falsa que nota de 3) une os acontecimentos dos dois filmes anteriores para deixar tudo explicadinho. Ele monta um novo suspense dos quadrinhos e traz de volta os personagens de Bruce Willis (David Dunn), Samuel L. Jackson (Elijah Price ou Sr. Vidro), James McAvoy (Kevin Wendell Crumb e suas 24 personalidades) e Anya Taylor-Joy (Casey Cooke), tem uma particularidade no jeito dele escrever o roteiro, todos brilham demais na trama e os outros atores orbitam de forma, digamos, informal.
A direĂ§Ă£o Ă© muito competente e cheia de detalhes sutis que mostram Dunn em um encontro com a Fera, uma das personalidades de Crumb e tem tambĂ©m a presença sombria de Price orquestrando o caos, mas o filme fica devendo uma maior complexidade de roteiro, Ă© tudo muito claro e simples demais, sempre dĂ¡ pra antecipar o que esta por vir.
A fotografia Ă© bem clara e nĂtida, mesmo se tratando de um tema tĂ£o obscuro, Mike Gioulakis usou a mesma tĂ©cnica de Fragmentado, isso dificulta muito a realizaĂ§Ă£o dos efeitos especiais e visuais, grande parte da aĂ§Ă£o acontece em locais internos muito iluminados ou externos durante o dia, com isso a parte tĂ©cnica de captaĂ§Ă£o e ediĂ§Ă£o Ă© de se tirar o chapĂ©u.
Vidro Ă© um filme cadenciado, sĂ£o 2 horas e 9 minutos de exibiĂ§Ă£o e nĂ£o pode ter pressa, nĂ£o tem frases marcantes mas tem ações instigantes, mantĂ©m a caracterĂstica do diretor de fazer filmes com um orçamento baixo (esse custou US$ 20 milhões), a classificaĂ§Ă£o indicativa Ă© de 14 anos e claro, como todos os filmes de M. Night Shyamalan, deixa aquela sensaĂ§Ă£o de “serĂ¡ que vai ter mais?”, vamos aguardar!
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