O novo filme da franquia
apresenta uma técnica impecável com um roteiro que muito bem elaborado
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Paramount Pictures
Você pode até pensar: “lá vem mais um filme de carros que viram
robôs e ameaçam os humanos”, com certeza vai se enganar muito, não se pode
tratar de uma forma tão simplista essa bem sucedida série, sempre tem algo a
mais. Essa epopeia já chega ao seu quinto episódio e mostra que tem muito
fôlego para continuar arrastando plateias pagantes para os cinemas fazendo a
alegria dos seus produtores e realizadores que se superam em cada lançamento.
Esse enorme sucesso se deve
principalmente ao talento de Michael Bay, um dos protegidos de Steven
Spielberg que finalmente não é picareta como tantos outros que o
diretor/produtor incentiva na vida, ele gosta do que faz, procura dar vida aos
personagens como ele imaginava ela fosse nas revistas em quadrinhos que
provavelmente leu a vida toda. A idade traz para todos nós um maior
conhecimento e envolvimento, nem sempre o dinheiro deve ficar na frente dos
sonhos, afinal de contas, sonhar não custa nada.
Estréia hoje nos cinemas do
Brasil com um mês de atraso com relação aos EUA, Transformers: O Último Cavaleiro
(di
Bonaventura Pictures, Hasbro Studios, Amblin Entertainment,
Platinum Dunes, Paramount Pictures) uma das mais
impressionantes aventuras e realizações que eu assisti este ano, tanto que nem
acredito que seja tão necessário ter assistido os anteriores para entender
este, na verdade ele tem vida própria, mas é bom para saber quem é quem.
Na nova trama, os humanos e os Transformers
estão em guerra e Optimus Prime se foi. A chave para o nosso futuro está
enterrada nos segredos do passado, na história oculta dos autobots na Terra.
Durante esse caos, a salvação de nosso planeta recai sobre uma aliança
improvável: Cade Yeager (Mark Wahlberg), Bumblebee, um lorde
inglês (Sir Anthony Hopkins) e a professora Vivian Wembley da
Universidade de Oxford (Laura Haddock). Eles terão que unir
forças para encarar uma batalha onde somente um mundo sobreviverá: o dos Transformers
ou o nosso. Enquanto o quarteto sai à frente da batalha, novos personagens
aliados os darão suporte, como a órfã Izabella (Isabela Moner).
O roteiro é muito bem escrito e
equilibrado, mistura situações tensas com um humor refinado e bem colocado, as
situações cômicas quase sempre estão inseridas junto com momentos de tensão e
luta. Aliás, esse é um dos pontos mais impressionantes do filme, as batalhas
são dirigidas e realizadas de uma forma tão realista que nem parece que os
atores contracenam com nada!
Não era para ser diferente, mas a
Industrial
Light and Magic desta vez se superou em qualidade e complexidade dos
efeitos apresentados, a perfeição alcançada e riqueza de detalhes é tão grande
que nem parece animação, só para citar uma situação sem ser spoiler: quando os
carros se transformam em robôs, seus rastros de pneus passam a ser pegadas. Uma imensa quantidade de cenários físicos e virtuais, com uma captação em IMAX 3D enriquecem ainda mais o impacto visual que o filme proporciona.
Como eu disse lá no inicio da
crônica, todo mérito desse filme cabe ao diretor, que também dirigiu os 4
anteriores e nota-se que evoluiu junto com os personagens e a aventura. Michael
Bay tem um currículo muito forte e sério, sempre está envolvido em
produções que primam pela realização correta e seu nome é motivo suficiente
para ir ao cinema assistir a novidade, neste novo Transformers, que ele
jurou ser o último que vai dirigir, a coisa vai mais longe porque a Paramount quer ter seu próprio universo
cinematográfico semelhante a Marvel
criando idéias para possíveis sequências, pré-sequências e spin-offs.
Com um orçamento declarado de US$
217 milhões e um faturamento de US$ 521 milhões, Transformers: O Último Cavaleiro
deve dar um show também nas bilheterias do mundo apesar da Classificação
Indicativa de 12 anos limitar um pouco o público, mas seus brinquedos e
toda aquela parafernália de acessórios que crianças e adolescentes adoram podem
fazer deste, além da obra cinematográfica, um dos maiores sucessos do ano.
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