A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, revelou na terça-feira, 6, em São Paulo, o balanço das vendas, produção e exportação da indústria automobilística em novembro e no acumulado do ano
Texto: Anfavea / Eduardo Abbas
Fotos: Anfavea / Marcel Mano
O licenciamento de autoveículos cresceu 12%: foram 178,2 mil unidades em novembro e 159 mil em outubro.
No comparativo contra novembro do ano passado, quando 195,2 mil unidades foram comercializadas, a queda foi de 8,7%. Com um mês restante no ano, 1,84 milhão de unidades já foram negociadas, o que significa baixa de 21,2% frente as 2,34 milhões de 2015. Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, o desempenho ficou dentro da expectativa:
“Historicamente os dois últimos meses do ano apresentam bons resultados e, portanto, avaliamos o desempenho como natural, o que não deixa de ser um fato positivo. Afinal, a média diária de licenciamento foi a maior do ano, próxima de 9 mil unidades. O momento é importante para encontrar uma estabilização do ambiente político que permita o encaminhamento das reformas econômicas necessárias, pois só assim elevaremos a confiança de maneira mais acelerada”.
A produção fechou novembro com 213,3 mil autoveículos fabricados, uma elevação de 22,4% ante as 174,3 mil unidades de outubro. Na análise contra novembro do ano passado, que registrou 175,1 mil unidades, o resultado ficou 21,8% maior. No acumulado o recuo é de 14,6%: 1,95 milhão de unidades este ano e 2,29 milhões em 2015.
As exportações no último mês chegaram a 57,1 mil unidades, alta de 54,7% em relação a outubro, com 36,9 mil, e de 56,4% contra as 36,5 mil de novembro do ano passado. Na soma dos onze meses transcorridos o resultado somou 457,8 mil unidades, 23,4% acima em relação ao volume negociado no ano passado, com 371,1 mil unidades.
Caminhões e ônibus
Em novembro 3,8 mil caminhões foram licenciados no Brasil, um crescimento de 10,3% contra as 3,4 mil unidades vendidas em outubro e decréscimo de 19,7% frente as 4,7 mil de novembro do ano passado. No acumulado deste ano 46,1 mil unidades foram licenciadas, resultado 30,2% inferior as 66 mil do ano passado.
A produção do segmento registrou 5,4 mil unidades em novembro, aumento de 15,7% ante as 4,6 mil de outubro e ficou estável com relação a novembro de 2015. O acumulado mostra queda de 21,1% quando confrontadas as 56,4 mil de 2016 com as 71,5 mil do ano passado.
As exportações de caminhões em novembro ficaram 33,6% acima dos dados apresentados em outubro: 2,2 mil e 1,6 mil unidades. Na análise contra novembro do ano passado, quando 2,5 mil unidades foram enviadas para outros países, o setor retraiu 12,4%. No período acumulado do ano, as exportações foram inferiores em 4,3%, com 19,1 mil unidades este ano e 20 mil em 2015.
No segmento de ônibus, o licenciamento em novembro foi de 610 unidades, uma elevação de 4,5% quando defrontado com as 584 unidades de outubro. Contra as 891 unidades comercializadas em novembro do ano passado, o resultado é 31,5% menor. No acumulado o declínio foi de 32,3%, com 10,5 mil unidades este ano e 15,5 mil unidades em 2015.
Os produtores de chassis para ônibus fabricaram 1,6 mil unidades em novembro, o que representa diminuição em 3,5% frente as 1,7 mil de outubro e de expansão de 52,7% contra as mil de novembro do ano passado. A queda no período acumulado foi de 15,4%: 17,7 mil unidades este ano e 21 mil no ano passado.
As exportações de ônibus em 2016 estão superiores em 34,6% - 8,8 mil unidades contra 6,5 mil em 2015.
Máquinas agrícolas e rodoviárias
O resultado das vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias em novembro, com 3,6 mil unidades, ficou 25,2% abaixo das 4,8 mil unidades comercializadas no mês anterior e 61,3% maior frente as 2,2 mil de novembro do ano anterior. As vendas no ano, com 38,8 mil unidades, registraram diminuição de 9,3% quando comparadas com as 42,8 mil do ano passado.
A produção nos meses já transcorridos deste ano está 12,9% menor do que no ano passado, quando 54,4 mil unidades foram fabricadas – este ano o volume chegou a 47,3 mil. Em novembro 5,3 mil unidades deixaram as fábricas brasileiras, o que significa retração de 13,8% frente as 6,2 mil unidades de outubro e alta de 38,1% contra as 3,9 mil de novembro de 2015.
As exportações do segmento no acumulado foram de 9,1 mil unidades, diminuição de 4,1% frente as 9,5 mil do ano passado.
Empregos
Houve uma pequena queda no nível de empregos, a variação de 0,3% corresponde a aproximadamente 400 postos de trabalho. No acumulado do ano são 6,2% menos vagas na indústria, pouco menos de 8.000 vagas, sem contar os trabalhadores que participam dos programas de proteção.
Na verdade houve uma diminuição nesses números, em outubro eram 7.700 empregados, em novembro são 7.400, sendo 5.200 no PPE e 2.200 em Lay off.
Estoque e previsões
Os estoques de veículos nas concessionárias e pátios das montadoras começa a se aproximar do ideal, houve uma queda no número de dias em outubro e se manteve no mês passado. O número ideal é de 22 dois dias, suficiente para não criar espera do cliente e dar fôlego para o trabalho das montadoras, ainda está longe, mas a tendência, segundo Megale, será de queda.
Já as previsões foram re-calculadas e agora o número é pouco maior que 2 milhões de unidades vendidas durante o ano de 2016, isso porque, acredita a entidade, dezembro é sempre um mês de maior quantidade de vendas, por conta do 13º salário e a proximidade da virada do ano. Vamos aguardar a próxima reunião, em janeiro, para saber o tamanho da queda, pois isso é certo.
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