Em 20 anos mudou o nome, mas a
aventura continua eletrizante como sempre
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Fox Film do Brasil
Lá vêm eles de novo! Será que
esses alienígenas não aprendem que o povo da Terra é o mais guerreiro de todas
as galáxias? Não adianta, aqui vivemos em um sistema de posse das coisas,
ninguém vai conseguir tirar ou invadir sem ter um bom motivo para isso ou mesmo
sangue nos olhos para forçar a nossa mudança para outro planeta.
Evidente que esse seria o desafio
de fazer com que uma estória de 20 anos atrás tivesse o mesmo requinte de
realização e que a humanidade fosse mais evoluída, haja vista que, em 1996 o
planeta estava uma bagunça. Bem, só a tecnologia avançou graças aos seres quase
aracnídeos, os países e a não preocupação com que fazemos com o lugar onde
vivemos continuam os mesmos, finalmente uma mulher é presidente dos Estados
Unidos e a África continua sua caminhada em meio à pobreza. Na vida real quanto
na tela, o pedido de John Lennon na musica Imagine
vai demorar algumas gerações para ser realizado.
Estreou nos cinemas brasileiros
na quinta-feira e nos americanos na sexta-feira Independence Day – O
Ressurgimento (Cetropolis Entertainment, TSG
Entertainment, Electric Entertainment, 20th
Century Fox), uma super hiper blaster produção de US$ 200 milhões que
já promete uma seqüência para 2018 e é recheada de batalhas épicas e soluções
lógicas porém mirabolantes.
Nesta nova aventura dos homens
tentando defender a terra, essa ficção traz um novo capítulo de uma catástrofe global em escala inimaginável.
Usando a tecnologia alienígena recuperada, as nações da Terra
criaram um programa de defesa para proteger o planeta. Mas nada aparenta ser
suficiente diante da força sem precedentes dos alienígenas, somente a valentia de
homens e mulheres pode impedir a extinção da vida na Terra.
A direção, produção e roteiro são
do alemão Roland Emmerich (Independence Day, 2012, O
Dia Depois de Amanhã, Soldado Universal) que
escancara e usa toda tecnologia disponível atualmente para a realização deste
que é basicamente um filme de ação, a Weta Digital assina os efeitos
visuais (que são espetaculares e muito convincentes), já os diálogos, como no
primeiro filme, são compostos de frases de efeito em momentos de turbulência e que
se precisa que alguém diga algo inteligente ou animador.
No elenco tem muita gente boa: Liam Hemsworth (Jogos
Vorazes), Jeff Goldblum (o eterno A
Mosca, Jurassic Park), Bill Pullman (Independence Day, O
Protetor), Judd Hirsch (Uma Mente Brilhante),
Vivica
A. Fox (Kill Bill 1 e 2, As Mercenárias), Charlotte
Gainsbourg (Ninfomaníaca), Sela Ward (das séries House
e CSI:
NY) e Maika Monroe (Corrente do Mal).
O que falta
é aquela coisa de uma melhor interpretação, aproveitar melhor os atores, mas o
roteiro não é pra isso, o ponto central é a guerra contra os alienígenas,
interminável e sempre cheia de novidades inesperadas, a ação dura mais de 2
horas e tem poucos respiros.
A
classificação indicativa ficou em 10 anos, não sei se é para tanto, existem
vídeo games que refletem mais violência que este filme. É uma guerra relativa,
momentos de nojo e mesmo as cenas de lutas não são lá muito terríveis, pode
comer sossegado sua pipoca que tudo é muito bem cuidado e limpo, é uma obra
para ser apreciada com um detalhe, tudo se passa somente no dia 4 de julho.
Independence Day – O
Ressurgimento deve fazer uma enorme bilheteria por todo o planeta,
vai agradar quem gosta deste tipo de filme que mistura ficção e ação e deixar
imaginando o que pode ser esperado na seqüência já anunciada, é diversão com
muita explosão e algum senso de humor, é um reboot dos anos 90 com roupa do
século 21 e deixa claro que, se não fossem os Estados Unidos, já seriamos
colônia de alguma civilização alienígena. Será?
A gente se encontra na semana que vêm!
Beijos & queijos
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