Apoiada pelo projeto Investe São Paulo, o gigante alemão inaugurou uma nova planta na cidade de Valinhos

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Grupo Freudenberg

Inaugurar duas unidades de indústrias químicas sem assustar moradores e vizinhos é um grande desafio para qualquer empresário. Em regiões do mundo, a simples vontade de fazer esse tipo de operação já deixa governantes de cabelos em pé, são muitos riscos e sempre se está sujeito a um acidente de proporções ambientais, afinal de contas, produtos químicos sempre assustam os mais desavisados e quem deles abusa.


Não é absolutamente esse o caso do Grupo Freudenberg, são 167 anos de experiência em tecnologias de ponta, no Brasil e em grande parte do planeta, ela é considerada uma das organizações mais capacitadas em todos os ramos de negócios que se envolve principalmente na segurança e desempenho, suas unidades no mundo geram empregos e renda por onde se instalam e crescem.


Não podemos considerar mais uma indústria, devemos enxergar com um grande presente que recebemos desses alemães sempre visionários e comprometidos com qualidade. Eu fui convidado para a inauguração da moderna unidade química que abriga as empresas Chem-Trend e SurTec no Brasil é um exemplo clássico de aproveitamento do local, segurança acima de tudo e funcionamento com uma estrutura enxuta e muito eficiente.


Foram investidos R$ 60 milhões nas novas instalações de última geração pertencentes à Divisão de Especialidades Químicas do grupo, onde serão fabricados e comercializados agentes desmoldantes, especialidades químicas de processo e soluções de tratamento químico de superfície para atender clientes em vários segmentos. A nova fábrica substitui as duas antigas da SurTec e Chem-Trend que funcionavam no Brasil há décadas e estavam instaladas em locais separados e distantes entre si.


Agora a vida fica muito mais fácil e econômica, a nova unidade têm juntas, porém separadas, áreas administrativas, vendas, logística, armazéns, laboratórios e produção em uma área de 29 mil m², dos quais 11 mil m² são de área construída. Com isso, a capacidade de produção anual máxima agora é de 13 mil toneladas de produtos químicos, e segundo Paulo Noce, CEO da Chem-Trend e SurTec no Brasil, "As duas empresas são certificadas de acordo com a ISO 9001 e ISO 14001 (a Chem-Trend também possui a OHSAS 18001) e cumprem todas as normas internacionais em matéria de processos de gestão de qualidade, proteção ambiental, saúde ocupacional e segurança no ambiente de trabalho".


Toda essa preocupação se deve ao fato de se tratar de uma empresa familiar, que teve sempre a preocupação da relação do homem com o mundo que ele vive e transforma. O Grupo Freudenberg nasceu de um curtume na Alemanha, em 1849, criado por Carl Johann Freudenberg. Com a 1ª Guerra Mundial, inflação crescente e a crise de 1929, as exportações de couro ficaram mais difíceis e a diversificação dos negócios se fez necessária. Os produtos em couro deram lugar a novas tecnologias, até se chegar à produção dos não tecidos, em meados dos anos 50.


Segundo Hanno D. Wentzler, Presidente e CEO da Divisão de Especialidades Químicas do Grupo Freudenberg, e que muito se orgulha do legado deixado por seu bisavô, “a proximidade e atendimento ao cliente são a base para o nosso desenvolvimento no Brasil, a nova planta nos permitirá atender de forma ainda mais eficiente os nossos clientes locais, com produtos e serviços de ponta, além disso, o investimento demonstra que a Freudenberg é séria sobre agir como empresa cidadã, não medindo esforços para garantir a plena conformidade com as questões regulatórias e atender todas as normas ambientais e de segurança relevantes”.


Eles chegaram quietos, sem fazer alarde e são muito importantes para o nosso desenvolvimento, a empresa que tem no mundo um faturamento de € 7,57 bilhões, emprega 40,4 mil pessoas e está presente em 57 países, investe em projetos sociais, pesquisa e desenvolvimento em todo o planeta, apresenta agora uma nova planta industrial que abriga mais de 100 funcionários em um ambiente projetado e bem cuidado, assim fica fácil atender várias indústrias: automotiva, aeroespacial, calçados, energia eólica, construção civil, indústria em geral, eletrodomésticos e mostram seu amor e interesse pelo nosso país plantando a árvore símbolo do Brasil, o Ipê Amarelo.


Simbolismo à parte, a Tabebuia chrysotricha Standl, que em tupi-guarani significa madeira que flutua, vem do fato da madeira do Ipê ser capaz de se manter íntegra mesmo na água e ter boa resistência ao apodrecimento, é um espécime forte e duradouro, como a relação entre o grupo e o Brasil. É mais um gol da Alemanha!