Baseado em um jogo eletrônico, o filme retrata em ação o que viciou milhares de internautas no mundo

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Sony Pictures

Sabe quando alguém tem uma idéia genial e ela se torna em uma mina de ouro? Pois é, esse é o caso deste jogo lançado em 2009 para os telefones da Apple e que ganharam o mundo em outros sistemas operacionais e até computadores.


Os finlandeses da Rovio Entertainment talvez não tivessem a dimensão do que estavam criando, até porque, convenhamos, os pássaros desenhados sem asas são muito feios! Mas beleza, apesar de ser fundamental como diria Vinicius de Moraes, não se põe na mesa e o que vale mesmo é o conteúdo, o game já está na versão 2 ganhou as prateleiras das lojas com seus produtos licenciados, parques temáticos, Activity Parks e agora chega às telas do cinema.


Estréia hoje no Brasil e a partir da semana que vem no resto do mundo Angry Birds – O Filme (Rovio Entertainment, Sony Pictures, Imageworks), uma animação interessante e com uma temática bastante infantil, é quase um desses desenhos animados que são exibidos em canais pagos para crianças pequenas e que prendem a atenção dos pais.


Na comédia animada em 3D vamos finalmente descobrir o motivo dos passarinhos serem tão irritados. É um contra senso na verdade, os pássaros são espécies que por si parecem sempre estar sorrindo, seus bicos não remetem a uma imagem de alguém bravo ou mesmo nervoso, esse talvez seja o sucesso do jogo no mundo e o mote da animação.


Mas joguinhos à parte, o filme apresenta uma ilha povoada totalmente por passarinhos felizes e que não voam – bem, quase toda. Nesse paraíso, Red é um pássaro com problemas de temperamento que encontra o veloz Chuck e o volátil Bomba em uma sessão de terapia. Eles sempre foram deixados de lado pela sociedade dos pássaros, mas quando a ilha recebe a visita de porcos verdes e misteriosos, cabe a esses improváveis rejeitados a tarefa de descobrir o que os invasores estão aprontando.


É uma animação bem curiosa, foge dos grandes traços tecnológicos que a Disney e a Pixar sempre apresentam, talvez por ser mais pensado em divertir que emocionar. Os diretores são estreantes, Fergal Reilly fez storyboards de filmes (Os Smurfs, Tá Chovendo Hambúrguer), e Clay Kaytis trabalhou nas animações Bolt: Supercão e Detona Ralph, ambos reproduziram o roteiro do conhecido de Jon Vitti (Os SimpsonsIdade do Gelo, RobôsAlvin e os Esquilos) que é muito fiel ao jogo e explicativo, de uma forma clara, simples e muito interessante.


Com um orçamento salgado de US$ 80 milhões, o filme agrada com bom humor nas situações mais esculachadas e tem piadas específicas para quem curte o jogo, dá pra levar a criançada e se divertir em pouco mais de 1 hora e meia de exibição.


O ponto alto de Angry Birds – O Filme é o elenco escalado para a dublagem brasileira (Marcelo Adnet como Red, Dani Calabresa como Matilda, Fábio Porchat como Chuck, Mauro Ramos como Bomba, Pathy Dos Reis como Stella, Ricardo e Rodrigo Piologo como Hal e Bubu e Guilherme Briggs como Leonard) bem dirigidos e dentro do espírito da animação, isso prova que, quando o brasileiro quer fazer bem feito, faz.


A gente se encontra na semana que vêm!

Beijos & queijos

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