Equipamento foi instalado no Centro de Convivência, no bairro do Cambuí, e permitirá o recarregamento gratuito dos veículos elétricos

Texto e fotos: CPFL Energia

A CPFL Energia, maior grupo privado do setor elétrico brasileiro, concluiu a instalação do terceiro eletroposto em uma área pública de Campinas, ampliando para oito o número de pontos de carregamento em âmbito do seu Programa de Mobilidade Elétrica. O novo eletroposto, previsto para entrar em operação no começo da segunda quinzena de fevereiro, permitirá o reabastecimento gratuito dos veículos elétricos que circulam pela região.


O eletroposto foi instalado no Centro de Convivência Cultural "Carlos Gomes", em frente ao City Bar, no bairro do Cambuí. O ponto de carregamento possibilita o reabastecimento da frota de táxi elétricos já em circulação em Campinas, além dos outros veículos que integram o Programa de Mobilidade Elétrica do Grupo e os demais carros elétricos que rodam pela região.
O eletroposto é do tipo carregamento rápido, reabastecendo 80% da bateria dos veículos em meia hora. O equipamento é compatível com os veículos fabricados com plug tipo 2 (Mennekes), o que inclui as montadoras Renault, BYD e BMW. O ponto de carregamento tem um custo total estimado em R$ 74 mil e possibilita o abastecimento de um carro por vez.
O novo ponto de carregamento foi viabilizado em parceria com a BYD. A fabricante chinesa será responsável por bancar a conta de energia do eletroposto público. A CPFL Energia, como contrapartida, arcou com as despesas de compra e instalação do equipamento.
“Com os eletropostos públicos, companhia terá condições de avaliar o impacto dos veículos elétricos na rede de distribuição local e também ganhará know-how para desenvolver e operar uma rede própria de eletropostos”, diz o diretor de Estratégia e Inovação do Grupo, Rafael Lazzaretti. O novo equipamento permitirá que a CPFL Energia amplie o seu banco de dados sobre o perfil de uso dos veículos elétricos.
Por estar em uma área totalmente pública, a CPFL Energia poderá avançar nos estudos sobre a questão urbanística na instalação dos eletropostos. Diferentemente dos carros a combustão, as montadoras ainda não definiram um local padrão para o bocal dos veículos elétricos. Cada modelo tem uma posição diferente, sendo, em alguns casos, localizado na frente do automóvel e, em outros, na lateral do motorista ou do passageiro (na dianteira ou na parte traseira). Essa indefinição traz uma série de desafios na instalação dos eletropostos nos grandes centros urbanos.
Em função disso, a vaga de parada em frente ao novo eletroposto tem sete metros de cumprimento, permitindo que veículos elétricos com diferentes padrões sejam recarregados. Com o avanço da infraestrutura de recarga em Campinas, a intenção é que, no futuro, seja criada uma sinalização de trânsito específica para o uso dos eletropostos para impedir que local seja usado como um ponto de estacionamento.
Para usar o eletroposto, os usuários precisarão efetuar um cadastro prévio junto à equipe do Programa de Mobilidade Elétrica da CPFL pelo e-mail mobilidade.e@cpfl.com.br, informando nome, telefone, modelo e placa do carro. Um cartão para ser usado no equipamento será enviado ao motorista ou poderá ser retirado na sede da CPFL Energia, na Rodovia Engenheiro Miguel Noel Burnier, nº 1755, no Parque São Quirino.
Os usuários cadastrados poderão recarregar seus veículos elétricos no eletroposto gratuitamente até que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) regulamente a cobrança para a mobilidade elétrica no País. “O eletroposto público permitirá avançarmos nos estudos para propormos o enquadramento legislativo e regulatório para a constituição de um modelo de cobrança e tarifação no Brasil, assim como já ocorre em outros países, como EUA e Alemanha”, diz Lazzaretti.
Hoje, Campinas já conta com dois eletropostos públicos em operação, sendo um localizado em frente à sede da CPFL Energia, e um segundo na área externa do posto de serviços automotivos da Bosch, na Rua Fernão Pompeu de Camargo, nº 800, bairro Jardim do Trevo. Além disso, a companhia, em parceria com a Rede Graal e com a CCR, inaugurou no final do ano passado o primeiro corredor elétrico do País, entre Campinas e São Paulo. Um eletroposto universal foi instalado no Posto Graal 67, no sentido interior da Rodovia Anhanguera, na altura de Jundiaí, facilitando as viagens entre as duas cidades.
A instalação do eletroposto do Cambuí conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Campinas, por meio da Secretaria de Desenvolvimento, da Emdec, da Setec e do Departamento de Praças e Jardins. De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram licenciados 1,8 mil unidades de 2012 a 2015 no Brasil, entre 100% elétricos e híbridos.

P&D em mobilidade elétrica
O terceiro eletroposto público de Campinas faz parte do Programa de Mobilidade Elétrica da CPFL Energia, um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) que estuda os impactos da utilização dos veículos elétricos financiado com recursos do programa de P&D da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A pesquisa, iniciada em 2013, receberá até R$ 21,2 milhões em investimentos até 2018, ano de sua conclusão.
Atualmente, o projeto encontra-se na sua segunda fase. A expectativa nesta etapa é ampliar a frota de veículos elétricos objetos de estudo de seis para até 15 carros e aumentar o número de eletropostos em operação de quatro para até 25, entre públicos, privados e semi-públicos – hoje, são oito eletropostos em funcionamento. Os pontos de recarregamento serão colocados em locais como shoppings centers, postos de serviços e na prefeitura.
Entre os temas que estão sendo estudados estão o impacto na rede elétrica e no planejamento da expansão do sistema, uso dos veículos elétricos como fonte de geração distribuída, os aprimoramentos regulatórios e legais, o ciclo de vida e reaproveitamento das baterias, estudo de tarifas e cobrança, a proposição de um modelo de negócios para a mobilidade elétrica no Brasil, além de outras questões relacionadas.
Na primeira fase da pesquisa, foi possível concluir que os veículos elétricos são uma excelente opção para as pessoas que buscam economia. Os dados levantados pelo projeto mostram que o valor do quilômetro rodado de um automóvel a combustão é de aproximadamente R$ 0,28, ao passo que esse custo no veículo elétrico é de R$ 0,10, ou seja, quase um terço dos gastos com carro convencional.
Outra conclusão da primeira fase é de que a expansão dos veículos elétricos teria impacto pequeno na demanda por energia. As projeções iniciais da CPFL Energia apontam que o uso desta tecnologia ampliaria o consumo de energia entre 0,6% e 1,7% no Sistema Interligado Nacional (SIN) em 2030, quando as previsões indicam que a frota de carros elétricos pode alcançar entre 5 milhões e 13,3 milhões de unidades.
O projeto conta, atualmente, com a parceria institucional do CPqD, da Unicamp, da Daimon, da portuguesa CEiiA, da Renault, da Natura, da 3M, da Rede Graal, do Instituto CCR, da ABB, da Prefeitura de Campinas, da BYD e do Shopping Iguatemi.