Filme de suspense e terror que coloca em xeque as crenças de várias religiões

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: PlayArte

Os mistérios da vida e das religiões que movem centenas, milhares de pessoas, em sua maioria é visando acreditar na existência da vida eterna. Ninguém tem certeza se realmente a nossa luz somente acende e apaga na nossa passagem pelo planeta ou se ela continua iluminando outros cantos do universo.


Perder um ente querido é sempre difícil e de assimilação quase impossível, o tempo trata das feridas, mas não cura a dor, vai sempre faltar um pedaço, e a memória se incumbe sempre em fazer com que nunca, jamais, em momento algum, esqueçamos de um amigo ou parente.


O cinema, de tempos em tempos, volta a explorar esse tema complexo e cheio de duvidas, claro que para chamar atenção e bilheteria, mas ao mesmo tempo dá uma oportunidade do espectador pensar melhor em que acredita. Estreou no Brasil um filme muito interessante e que discute alguns paradigmas relacionados à vida depois da morte e como os mortos podem influenciar nossas vidas.


Em A Possessão do Mal (Gold Circle Films, Quickfire Films, PlayArte) Michael King (vivido por Shane Johnson lembrado por O Resgate do Soldado Rayan), não acredita nem em Deus nem no Diabo. Depois de perder sua esposa em um trágico acidente, Michael decide fazer um experimento com ele mesmo e registrar tudo em vídeo. Desafia vários praticantes do ocultismo para testar os mais diversos e perigosos feitiços e rituais.


A sua intenção é comprovar que o espiritualismo e a religião não existem e não passam de mitos, mas quando menos espera uma força maligna toma conta dele. O desafio agora é se livrar do mal que se apoderou da sua alma. É um roteiro interessante, escrito por Tedi Sarafian que ganhou respeito pelo argumento e sinopse de O Exterminador do Futuro 3 - A Rebelião das Máquinas, mas que se perde um pouco em certos momentos e acelera um final para a estória, até porque o filme tem 83 minutos de exibição.


Claro que vários fatores ajudam na solução rápida e rasteira: orçamento baixo (R$2.000.000 divulgados), grande parte da captação feita em vídeo digital e a primeira experiência na direção de David Jung, que também meteu o bedelho no roteiro. Tudo isso complica um pouco, mas não tira o brilho, até por que o diretor teve que trabalhar com um elenco quase desconhecido e mais de televisão. O mais lembrado é Tomas Arana (Gladiador, Guardiões da Galáxia, O Guarda-Costas), um ator rodado e que deve ter aceitado o projeto pelo prazer de atuar.


A Possessão do Mal tem todos os ingredientes necessários para te assustar, fazer suar na cadeira e chegar mais perto da namorada na hora da exibição, é um filme de terror que usa algumas velhas fórmulas, que sempre dão certo.


A gente se encontra na semana que vêm!

Beijos & queijos

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