A corrida em Monza foi uma das mais chatas e sem disputas do campeonato, e tem gente que achou o máximo

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: f1.com

Sabe aquele domingo que você acorda com muita vontade de assistir uma corrida legal, disputada, em uma das mais tradicionais pistas do automobilismo mundial? Então, não foi essa, o GP de Monza foi mais uma filia indiana (ou seria Romana?) em que a Mercedes do Hamilton provou ser inalcançável e a Ferrari de Vettel inatingível.


Logo na primeira curva dava pra saber que o inglês, debaixo do capacete, certamente estava dizendo “senta na fumaça, malandro” para todo o pelotão meia-boca que se formava atrás dele. Como já é costume, as duas primeiras voltas são de ajuste de posições e as últimas de ameaças sem resultados concretos.


A categoria entra em um marasmo sem comparação, faltando 7 etapas para o encerramento do campeonato, a briga pelo título do ano praticamente não existe mais. Lewis Hamilton domina com tamanha facilidade que até parece o Schumacher nos áureos tempos de Ferrari. A estrela do inglês é inversamente brilhante ao ocaso que recai sobre o seu companheiro, pois pasmem, até pegar fogo no motor, pegou. E sabe o que é mais louco? A equipe havia pedido para Hamilton acelerar e acabar a corrida antes, com medo que acontecesse o que aconteceu com Rosberg.


Como bater a Mercedes? Bom, este ano não dá mais, a loja já fechou, o campeonato de construtores já está praticamente definido e falta apenas saber em qual grande prêmio Hamilton vai ser tricampeão. Quem chega perto é a Ferrari do Vettel, que é seguramente a segunda força, sobrando e prometendo uma maior disputa para o ano que vêm. E olha, é só o alemão mesmo, porque se depender do Kimi vão esperar muita água que passarinho não bebe passar por debaixo da ponte para se conquistar algo.


O domingo era tão surreal que os enlouquecidos narradores estavam tendo um orgasmo com a possibilidade do Massa ir ao pódio. Por que tanta gritaria e histeria? Ele não fez nada de anormal, foi o mesmo Zacarias de sempre, não passou ninguém e herdou as posições que, em situação de normalidade, seriam de Räikkönen e Rosberg, e tomar calor do companheiro de equipe não é novidade.


Aliás, o Bottas fez o pior negócio da vida dele continuar na Williams, os caras vão demorar mesmo nas trocas de pneus dele, não vão deixar ultrapassar o companheiro, claro, afinal os carros da equipe não ostentam nenhum patrocinador finlandês e é aquela coisa, tratar a besta como se fosse fera pode encher o autódromo em novembro. Portanto Valtteri, se quiser um lugar ao sol, melhor procurar em outro terreiro.


No fim de semana tem a volta da MotoGP, essa sim, uma verdadeira galeria de pilotos competentes e com uma disputa acirradíssima pelo campeonato, muito diferente da Fórmula 1 que na verdade, de diferente no fim de semana, só teve o cabelo loiro do líder do campeonato. Me aguarde, na semana que vêm eu volto pra contar tudo que acontecer em San Marino.


E quanto ao título da coluna? Bem, a única vantagem que o grande prêmio da Itália teve em comparação aos outros foi que ele terminou antes e deu tempo de correr para a padaria e garantir o penoso para o almoço de domingo. Tava achando que era o que?


Beijos & queijos

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