A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou na sexta-feira, 4, o resultado da indústria automobilística em agosto
Texto e fotos: Anfavea / Eduardo Abbas
Os dados apontam que as exportações de autoveículos, que engloba automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, aumentaram 10,5% este ano comparado com o ano passado.
O volume de veículos exportados este ano chegou a 260 mil unidades enquanto no mesmo período do ano passado era de 235,3 mil. O balanço mostrou crescimento também na análise mês a mês: foram 34,6 mil unidades enviadas para outros países em agosto, o que representa um salto de 21,9% frente a julho com 28,4 mil veículos. Quando comparado com as 31,7 mil de agosto do ano passado, a alta é de 9,2%.
As vendas, porém, ficaram abaixo em 21,4% no período janeiro a agosto deste ano, quando 1,75 milhão de veículos foram negociados – em 2014 resultado de igual período era de 2,23 milhões. O licenciamento em agosto encerrou o mês com 207,3 mil unidades, o que significa baixa de 8,9% na análise contra as 227,6 mil de julho. Há contração também quando comparado os meses de agosto deste ano e do anterior, com 272,5 mil unidades, o que levou a uma diminuição de 23,9%.
Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, apesar do crescimento das exportações, consequência da taxa cambial e de importantes acordos firmados, o mercado interno ainda enfrenta cenário complicado:
“A confiança do consumidor e do investidor continua em xeque e a não conclusão do ajuste fiscal impede um planejamento acurado pelas empresas. Neste contexto, acreditamos que ações como as parcerias firmadas com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, de financiamento à cadeia produtiva, além da criação de medidas de agilização e simplificação, como os casos da Esteira Agro BB e da transferência de veículos usados, são fundamentais para melhorar o humor vigente e estimular mercado e produção”.
A produção em agosto ficou abaixo em 3,5%: foram 216,5 mil unidades no mês e 224,3 mil em julho. Ao se comparar com as 264,6 mil de agosto do ano passado o decréscimo foi de 18,2%. Somente em 2015 1,73 milhão de autoveículos deixaram as linhas de montagem, o que representa contração de 16,9% contra os 2,08 milhões do ano passado.
Um sério risco e que todas as montadoras estão fazendo o possível para minimizar, é a questão do emprego. Entre julho e agosto foram fechados 1.400 postos de trabalho, queda de -1%, isso sem contar os empregados em lay-off e férias coletivas, que hoje estão em 27.400 funcionários. Não se computou os empregados cujas empresas aderiram ao PPE.
O volume de caminhões comercializados foi de 49,6 mil unidades de janeiro a agosto, retração de 43,5% se comparado com as 87,8 mil unidades de igual período de 2014. Apenas no último mês foram licenciados 5,8 mil veículos, 10,5% menos do que as 6,5 mil de julho e 46,2% abaixo das 10,8 mil de agosto do ano passado.
A produção no oitavo mês caiu 24,2% com relação a julho – 5,1 mil unidades contra 6,7 mil – e 57,6% frente a agosto de 2014, quando foram produzidos 12 mil caminhões. O total de unidades fabricadas no acumulado está 46,7% inferior se comparado com o mesmo período de 2014: 53,4 mil unidades este ano contra 100,3 mil no ano passado.
Já o volume de chassis de ônibus produzidos em agosto foi de 1,1 mil, retração de 40,9% sobre julho, quando 1,9 mil produtos foram fabricados. No comparativo com agosto do ano passado, que registrou 2,9 mil unidades, o resultado é de queda de 60,8%, enquanto o desempenho no acumulado do ano aponta recuo de 32,5% – 16,9 mil este ano e 25 mil em 2014.
As vendas de chassis ficaram menores em 29,9% no acumulado: foram 12,4 mil este ano e 17,7 mil no ano passado. No comparativo mensal o resultado apontou diminuição das negociações em 6,5% contra julho, com 1,3 mil e 1,4 mil unidades em cada mês, e de 39% frente a agosto do ano passado com 2,2 mil unidades.
As exportações de ônibus encerraram o período janeiro a agosto com crescimento de 5,3% ao se comparar as 4,5 mil unidades deste ano com as 4,3 mil de 2014.
As vendas internas nos oito meses do ano, com 32,9 mil unidades, caíram 28,3% frente as 45,9 mil unidades registradas no mesmo período de 2014. A análise mensal mostra que as 4,2 mil unidades vendidas em agosto representam alta de 5,7% sobre julho, com 4 mil, e de diminuição de 34,8% ante agosto do ano passado, com 6,5 mil unidades.
Os fabricantes produziram 5 mil máquinas em agosto, uma queda de 2,3% contra as 5,1 mil de julho. No comparativo com agosto do ano passado, quando 8,1 mil unidades deixaram as linhas de montagem, o resultado foi menor em 37,9%. Até agosto deste ano foram 40,6 mil unidades: recuo de 29,1% em relação as 57,2 mil do ano passado.
O aumento do estoque nos pátios e concessionárias chega ao perigoso número de 52 dias, isso representa um enorme risco para o setor, afinal, até o fim do ano, serão 80 dias úteis para se zerar o estoque ou diminuir drasticamente a quantidade de carros novos colocados à venda.
Com isso, as previsões para o ano se mantém inalteradas, um novo estudo destes números deverá ser feito pela ANFAVEA e divulgado nos próximos meses, mas a tendência continua ser a de queda de vendas e produção.
O volume de veículos exportados este ano chegou a 260 mil unidades enquanto no mesmo período do ano passado era de 235,3 mil. O balanço mostrou crescimento também na análise mês a mês: foram 34,6 mil unidades enviadas para outros países em agosto, o que representa um salto de 21,9% frente a julho com 28,4 mil veículos. Quando comparado com as 31,7 mil de agosto do ano passado, a alta é de 9,2%.
As vendas, porém, ficaram abaixo em 21,4% no período janeiro a agosto deste ano, quando 1,75 milhão de veículos foram negociados – em 2014 resultado de igual período era de 2,23 milhões. O licenciamento em agosto encerrou o mês com 207,3 mil unidades, o que significa baixa de 8,9% na análise contra as 227,6 mil de julho. Há contração também quando comparado os meses de agosto deste ano e do anterior, com 272,5 mil unidades, o que levou a uma diminuição de 23,9%.
Para Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, apesar do crescimento das exportações, consequência da taxa cambial e de importantes acordos firmados, o mercado interno ainda enfrenta cenário complicado:
“A confiança do consumidor e do investidor continua em xeque e a não conclusão do ajuste fiscal impede um planejamento acurado pelas empresas. Neste contexto, acreditamos que ações como as parcerias firmadas com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, de financiamento à cadeia produtiva, além da criação de medidas de agilização e simplificação, como os casos da Esteira Agro BB e da transferência de veículos usados, são fundamentais para melhorar o humor vigente e estimular mercado e produção”.
A produção em agosto ficou abaixo em 3,5%: foram 216,5 mil unidades no mês e 224,3 mil em julho. Ao se comparar com as 264,6 mil de agosto do ano passado o decréscimo foi de 18,2%. Somente em 2015 1,73 milhão de autoveículos deixaram as linhas de montagem, o que representa contração de 16,9% contra os 2,08 milhões do ano passado.
Um sério risco e que todas as montadoras estão fazendo o possível para minimizar, é a questão do emprego. Entre julho e agosto foram fechados 1.400 postos de trabalho, queda de -1%, isso sem contar os empregados em lay-off e férias coletivas, que hoje estão em 27.400 funcionários. Não se computou os empregados cujas empresas aderiram ao PPE.
Caminhões e ônibus
As exportações de caminhões nos oito meses transcorridos deste ano foram de 13,5 mil unidades, 9,6% maior do que as 12,4 mil do ano passado. Se analisado apenas agosto, quando 1,5 mil produtos deixaram o País, a baixa é de 16,6% no comparativo com julho, com 1,8 mil unidades, e de 9,8% contra agosto de 2014, com 1,7 mil unidades.O volume de caminhões comercializados foi de 49,6 mil unidades de janeiro a agosto, retração de 43,5% se comparado com as 87,8 mil unidades de igual período de 2014. Apenas no último mês foram licenciados 5,8 mil veículos, 10,5% menos do que as 6,5 mil de julho e 46,2% abaixo das 10,8 mil de agosto do ano passado.
A produção no oitavo mês caiu 24,2% com relação a julho – 5,1 mil unidades contra 6,7 mil – e 57,6% frente a agosto de 2014, quando foram produzidos 12 mil caminhões. O total de unidades fabricadas no acumulado está 46,7% inferior se comparado com o mesmo período de 2014: 53,4 mil unidades este ano contra 100,3 mil no ano passado.
Já o volume de chassis de ônibus produzidos em agosto foi de 1,1 mil, retração de 40,9% sobre julho, quando 1,9 mil produtos foram fabricados. No comparativo com agosto do ano passado, que registrou 2,9 mil unidades, o resultado é de queda de 60,8%, enquanto o desempenho no acumulado do ano aponta recuo de 32,5% – 16,9 mil este ano e 25 mil em 2014.
As vendas de chassis ficaram menores em 29,9% no acumulado: foram 12,4 mil este ano e 17,7 mil no ano passado. No comparativo mensal o resultado apontou diminuição das negociações em 6,5% contra julho, com 1,3 mil e 1,4 mil unidades em cada mês, e de 39% frente a agosto do ano passado com 2,2 mil unidades.
As exportações de ônibus encerraram o período janeiro a agosto com crescimento de 5,3% ao se comparar as 4,5 mil unidades deste ano com as 4,3 mil de 2014.
Máquinas autopropulsadas
No segmento de máquinas autopropulsadas as exportações caíram 24,9% no acumulado: foram 6,9 mil unidades este ano contra 9,2 mil em 2014. Foram negociados com outros países em agosto 719 unidades, o que significa baixa de 14,7% frente às 843 de julho e de 45,9% contra as 1,3 mil de agosto do ano passado.As vendas internas nos oito meses do ano, com 32,9 mil unidades, caíram 28,3% frente as 45,9 mil unidades registradas no mesmo período de 2014. A análise mensal mostra que as 4,2 mil unidades vendidas em agosto representam alta de 5,7% sobre julho, com 4 mil, e de diminuição de 34,8% ante agosto do ano passado, com 6,5 mil unidades.
Os fabricantes produziram 5 mil máquinas em agosto, uma queda de 2,3% contra as 5,1 mil de julho. No comparativo com agosto do ano passado, quando 8,1 mil unidades deixaram as linhas de montagem, o resultado foi menor em 37,9%. Até agosto deste ano foram 40,6 mil unidades: recuo de 29,1% em relação as 57,2 mil do ano passado.
O aumento do estoque nos pátios e concessionárias chega ao perigoso número de 52 dias, isso representa um enorme risco para o setor, afinal, até o fim do ano, serão 80 dias úteis para se zerar o estoque ou diminuir drasticamente a quantidade de carros novos colocados à venda.
Com isso, as previsões para o ano se mantém inalteradas, um novo estudo destes números deverá ser feito pela ANFAVEA e divulgado nos próximos meses, mas a tendência continua ser a de queda de vendas e produção.
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