Em mais uma etapa lusco-fusco o
campeonato da Fórmula Indy começa a apontar os favoritos ao título
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: indycar.com
Graças aos céus a coisa está
melhorando! O campeonato que começou morno começa a esquentar nas últimas
etapas, traz de volta toda a competitividade que é a marca registrada da
categoria e faz com que cada corrida seja uma soberba aventura de tática e
técnica de pilotos e equipes.
Tem gente que não vê a menor
graça em disputas nos circuitos ovais, mas na verdade eles separam os homens
dos meninos, os mais ousados dos medrosos, e garantem uma emoção diferente até
a bandeirada final.
Claro que os mais ousados, que
eventualmente passam do limite, encontram o muro. Foi o caso do Montoya, que logo
nas primeiras voltas deu adeus à etapa e ficou nos boxes rezando para que seus
mais diretos oponentes não chegassem tão perto. Deu sorte, afinal, quem luta
por título tem que ter sorte, e seus adversários não chegaram tão perto quanto
poderiam.
Como na etapa anterior, em Iwoa
valeu também a tática mais ousada, aquela coisa de fazer um pit a menos ou
ficar mais tempo na pista, fato que garantiu uma vitória sem grandes problemas
pro Hunter-Reay, a primeira na temporada e que embolou de vez o campeonato. Isso
é legal, agora, faltando três etapas, sendo que a última a pontuação é dobrada,
pelo menos 12 pilotos tem chances de chegar lá.
Os brasileiros estão entre esses
12, mas dadas as condições de cada um, vai ficar muito complicado se pensar em
título verde-amarelo, até porque ninguém corre sozinho, o resultado dos outros
e a instabilidade natural das equipes assegura que, já a partir da próxima
corrida, os times comecem a trabalhar para seus companheiros mais bem
colocados.
É essa a Fórmula Indy que todos
nós gostamos, disputada, com táticas de pilotos, equipes e companheiros de
equipe, muito diferente do que acontece com a co-irmã Fórmula 1, onde lá é cada
um por si e dane-se o resto.
Falando em Fórmula 1, ela estará de
volta neste fim de semana na Hungria. É aquela corrida antes da parada de três
semanas do meio do ano, que na verdade ficou meio perneta pelo fato dos alemães
não terem feito a sua etapa em casa. Lá, meu amigo, a coisa é mais profunda,
cancelaram o evento por causa do custo, com esse dinheiro o governo investiu em
infra-estrutura para o povo que paga impostos. Pão e circo, só na antiga Roma,
ou em Brasília.
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