Carlos Sousa / Paulo Fiuza estĂ£o na 8a colocaĂ§Ă£o da classificaĂ§Ă£o geral. Guilherme Spinelli / Youssef Haddad terminam o dia em 18o e estĂ£o prontos para encarar a etapa maratona

Texto e fotos: Mitsubishi

O sexto dia do Rally Dakar teve um trecho cronometrado entre as cidades de Antofagasta e Iquique, no Chile, com 255 quilĂ´metros pelas dunas do Deserto do Atacama.
"Foi uma etapa fantĂ¡stica, com fesh fesh e a Ăºltima parte em dunas, que fomos bem. O ASX Racing estĂ¡ bom e a navegaĂ§Ă£o foi impecĂ¡vel", disse Carlos Sousa que, ao lado de Paulo Fiuza, completou o dia na 13a posiĂ§Ă£o, subindo para a 8a colocaĂ§Ă£o na classificaĂ§Ă£o geral, com 21h13min29.


Sobre os problemas enfrentados com a suspensĂ£o, Carlos afirma que a equipe tem trabalhado ao mĂ¡ximo para resolver. "O carro estĂ¡ sendo muito resistente atĂ© agora. O problema Ă© com o fornecedor da suspensĂ£o de competiĂ§Ă£o, que requer um trabalho especifico para uma prova tĂ£o dura como o Dakar", disse o piloto. "Hoje colocamos a faca nos dentes para chegar atĂ© o fim. Demos o mĂ¡ximo possĂ­vel na segunda parte, pois o impacto da suspensĂ£o na areia Ă© menor. Fomos bastante rĂ¡pidos nesse trecho."
Com uma estratĂ©gia de equipe, Guilherme Spinelli e Youssef Haddad, que largaram Ă  frente de Carlos e Paulo na etapa de hoje, abriram caminho para que eles pudessem passar e ir "escoltando" a dupla atĂ© o fim da especial. "Paramos para esperar o Carlos. Esse Ă© o objetivo e estamos prontos para amanhĂ£. A especial nĂ£o era muito longa, mas bem dura, principalmente no inicio", disse Guiga, que terminou o dia na 18a posiĂ§Ă£o e estĂ¡ em 21o no geral. "Tivemos bastante navegaĂ§Ă£o por CAP, que Ă© sempre mais complicado. Mas deu tudo certo", afirma Youssef.

Etapa Maratona
Neste sĂ¡bado serĂ¡ o inĂ­cio da etapa maratona. No fim do dia, em Uyuni, na BolĂ­via, os veĂ­culos sĂ£o recolhidos ao parque fechado e as equipe de apoio nĂ£o podem fazer a manutenĂ§Ă£o.
"Teremos um deslocamento bem grande, com trechos em altitude e sem nosso apoio no fim do dia. É uma etapa super critica e importante", explica Guiga. "AlĂ©m de confinar os carros no parque fechado, a organizaĂ§Ă£o irĂ¡ limitar o acesso aos competidores. Teremos que dormir todos juntos em Ă¡rea controlada em forma de acampamento. SerĂ¡ um dia crĂ­tico em todos os aspectos", conclui.


Diferentemente do que ocorre nas provas brasileiras, os competidores terĂ£o livre acesso aos veĂ­culos. "Podemos passar a noite mexendo em alguma coisa, se for necessĂ¡rio", explica Youssef. "Mas nossa previsĂ£o Ă© fazer uma manutenĂ§Ă£o bĂ¡sica no sĂ¡bado a noite, trocar uma ou outra peça e fazer um check-up geral nos dois veĂ­culos", afirma.
SĂ£o dois dias que passam a ser somados como um, totalizando 1.380 quilĂ´metros e 553 km de especiais. "O fato do Guiga estar atrĂ¡s de nĂ³s e nos auxiliando se precisarmos Ă© um grande alĂ­vio. Psicologicamente, mesmo que nĂ£o precisemos da ajuda, jĂ¡ Ă© fantĂ¡stico", disse Carlos. "Queremos chegar bem Ă  Uyuni e fazer a revisĂ£o nos carros. No outro dia, Ă© sĂ³ colocar as luvas e acelerar."
"SĂ£o duas etapas sem assistĂªncia. Temos que ter mais precauĂ§Ă£o, dobrar a atenĂ§Ă£o aos avisos de perigo na planilha para que possamos poupar o carro", garante Paulo.

Etapa 7 - 10 de janeiro
Iquique (CHL) / Uyuni (BOL)
Deslocamento: 396 km
Especial: 321km
Total: 717 km


Depois da calorosa recepĂ§Ă£o em Iquique, a Equipe Mitsubishi Petrobras parte em direĂ§Ă£o Ă  BolĂ­via. A altitude serĂ¡ determinante, com trechos que podem chegar aos 3.500 metros.