Porto Alegre conquistou a melhor nota média de segurança entre as sete capitais analisadas. Curvas e frenagens foram os maiores desafios dos estudantes
Texto e fotos: Michelin
Depois de percorrer sete capitas e 15 universidades em três meses, o MICHELIN Best Driver apresenta o motorista mais seguro do país: Eric Peixoto Barboza, de 23 anos, aluno de Engenharia Civil na UFBA, da Bahia. Ele foi premiado por ter tido o melhor desempenho na nota média de segurança: 100. Para chegar a essa marca, um aparelho de telemetria mediu durante 30 dias alguns indicadores fundamentais para uma condução segura: aceleração, frenagem, curva, ultrapassagens e velocidade. O universitário ganhou um carro 0 km das mãos do bicampeão mundial de F1 Emerson Fittipaldi, durante a realização da tradicional prova de automobilismo Le Mans 6h SP, realizada no último fim de semana no Autódromo de Interlagos.
A lista com os jovens que obtiveram os melhores desempenhos está no site: www.michelin.com.br/michelin-best-driver. No total, mais de 25.000 universitários participaram do programa e cerca de 1.000 estudantes se inscreveram na competição.
“Percorremos universidades do Brasil e foi gratificante ver o interesse e engajamento dos jovens. O programa MICHELIN Best Driver propôs uma abordagem inovadora para a promoção de atitudes seguras no trânsito entre jovens universitários no Brasil, unindo informação à experiência do monitoramento eletrônico da direção do carro. A nossa expectativa é manter o tema em debate e levar o MICHELIN Best Driver para outros países onde a empresa atua”, declara Renata Marques, gerente de Marketing da Michelin e responsável pelo programa, que foi criado e desenvolvido no Brasil.
A etapa final do programa contou com 15 finalistas, os que alcançaram a posição de melhor motorista de cada universidade. Apesar de o vencedor ser de Salvador, a capital que conseguiu melhor média foi Porto Alegre. A performance dos estudantes da UFRGS e PUC RS marcou a nota média de segurança de 94,65, no total de 100 pontos.
Ao longo das quatro semanas de monitoramento, o padrão de segurança foi alto e regular, indicando que a experiência do autoaprendizado foi incorporada à prática da direção segura. A nota média de segurança dos candidatos manteve-se acima de 92 pontos. Somente os universitários mineiros não ultrapassaram a média de 88. Os universitários de São Paulo, por exemplo, na primeira semana tiveram 91,99 e na última, 91,08. Rio Grande do Sul e Distrito Federal seguiram a tendência com 94,73 e 94,06; 92,95 e 91,38 respectivamente.
As maiores dificuldades encontradas, eventos característicos da pilotagem dos jovens, foram as frenagens e curvas perigosas. Os dois itens foram responsáveis por diminuir a média de desempenho dos participantes em todas as capitais. A frequência desses eventos foi crescente a cada semana, de segunda a quinta-feira, quando é significativamente maior o volume de veículos e pedestres em trânsito nas cidades e o número de deslocamentos. Curvas perigosas e frenagens foram registradas dez vezes mais do que os demais itens monitorados (ultrapassagens, excessos de velocidade e acelerações), e mais do que 40 vezes no caso dos motoristas de Minas Gerais e Distrito Federal.
Mas as curvas e frenagens perigosas não foram as únicas características da pilotagem dos universitários do Rio de Janeiro. Os cariocas registraram mais eventos de risco em todos os indicadores monitorados: frenagens e curvas perigosas dobraram; e as ultrapassagens agressivas e excessos de velocidade (que foram registradas apenas quando superiores a 110 km/h) quase triplicaram entre a primeira e última semana. Esse comportamento se refletiu na nota média de segurança da competição, que obteve 95,06 na primeira semana e 92,40 na última.
Ao contrário das expectativas, entre sexta-feira e domingo, quando as vias estão menos congestionadas, houve redução significativa nas ocorrências de frenagens e curvas perigosas. Apesar de diversas pesquisas com esse público apontarem para velocidades mais elevadas e outros riscos associados ao período de lazer e festas – o que leva também ao maior consumo de bebidas alcoólicas – durante os fins de semana, esse comportamento não foi observado durante o programa.
Para Eduardo Biavati, especialista em trânsito e consultor do projeto, é possível afirmar que os jovens aprenderam a ser bons motoristas, condutores seguros e vigilantes durante o período de monitoramento.
“É claro que nossos candidatos tinham um motivo valioso para alcançar a mais alta nota média de segurança, mas eles só puderam chegar lá porque tiveram acesso pleno aos parâmetros fundamentais de segurança da sua pilotagem, uma informação que nenhum condutor normal tem. Sem isso, nenhum deles teria aprendido como melhorar e tornar, de fato, cada erro em uma oportunidade de aperfeiçoamento. De todos os ganhos, nenhum supera o aprendizado. Esse é o principal legado do MICHELIN Best Driver 2014: engajar nosso jovem como protagonista e multiplicador de hábitos seguros no trânsito, qualificando suas escolhas pelo uso intensivo do conhecimento e da tecnologia”, conclui Biavati.
Funcionamento do MICHELIN Best Driver
O programa proporcionou aos jovens motoristas a quantificação de suas escolhas ao volante. Frenagens, curvas, ultrapassagens, excessos de velocidade, acelerações foram mensuradas de acordo com seu grau de agressividade e risco, e mais, georeferenciadas com precisão. A vivência de um autoaprendizado diário da performance no trânsito foi calculada em tempo real e sintetizada em uma nota média de segurança, com o máximo de 100. O monitoramento forneceu dados sobre a evolução do comportamento dos candidatos durante as quatro semanas da competição em cada universidade.
O MICHELIN Best Driver instalou nas 15 renomadas universidades do Brasil, por onde passou, um simulador que testava a performance dos estudantes, e realizou talk shows com personalidades influentes no trânsito. Chancelado pela FIA e endossado por Emerson Fittipaldi, os encontros contaram com a presença do escritor, sociólogo e especialista em segurança no trânsito, Eduardo Biavati, e os pilotos profissionais Leandro Mello, Cacá Clauset e Ricardo Dilser. As universidades parceiras foram: USP, ANHEMBI MORUMBI, MACKENZIE, UFRS, PUC-RS, UFPR, PUC-PR, UFMG, PUC-MG, UNB, UniCEUB, UFBA, UNIFACS, PUC-RJ e UFRJ.
O Facebook foi a plataforma escolhida pela Michelin para atrair o público-alvo do programa e contribuir diretamente para a conscientização sobre o tema com postagens bem humoradas e dicas de direção. A fanpage (https://www.facebook.com/MichelinBestDriverBrasil?fref=ts) ultrapassou 130 mil fãs. Uma das publicações chegou a mais de 31 mil curtidas e 3.200 compartilhamentos.
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