Um fim de semana com definição de
títulos em duas categorias, para a alegria geral
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: F1.com e MotoGP.com
O ditado que afirma “o melhor tem sempre que vencer!” acabou
servindo como uma luva para o fim de semana de definições nas maiores
categorias de carros e motos. Falta ainda a definição de piloto na Fórmula 1,
mas a mais competente equipe já está comemorando. Na MotoGP não teve dúvidas,
como eu havia adiantado aqui na coluna, o Japão seria o lugar onde a Honda coroaria
o mais novo bicampeão da categoria. E foi!
A madrugada começou quente em
Motegi, a desafiadora pista japonesa aprontou algumas surpresas antes da
largada, como a pole position conquistada por Andrea Dovizioso e sua Ducati.
Seria uma corrida de recuperação para Marc Marquez, que largava na segunda
fila. Não deu outra. Lorenzo, que não tinha nada com isso, logo disparou na
ponta, deixando Rossi e Dovizioso brigando pela segunda posição. Com uma
atitude que diferencia os gênios dos normais, o Marquez partiu pra cima do
companheiro de equipe e veio fazendo fila até encontrar Rossi.
Ambos lutaram muito pelo segundo
lugar, mas acabou prevalecendo à estrela do espanhol e da Honda. Disparado na
frente, Lorenzo fez uma corrida perfeita e venceu sem muitas dificuldades nem
grandes brigas. Marc foi o segundo, seguido de Rossi, bicampeonato na MotoGP
para o espanhol de 21 anos, o 4º título se contarmos o das 125 cc e a Moto2.
O desafio agora é de três
pilotos: Rossi e Pedrosa, ambos com 230 pontos e agora Lorenzo, com 227, todos
lutando pelo vice-campeonato de um ano coroado por Marquez. Eu acredito que o
Valentino leva essa, apesar do melhor momento de Lorenzo, e mais uma vez
Pedrosa vai ficar como coadjuvante nessa história. Acho que é chegada a hora de
uma separação amigável, afinal, Dani vive a crise do segundo piloto e acredito
que nunca vai conquistar um título contra Marquez na Honda, quem sabe em outra
equipe com outros ares a vontade de vencer não volta?
Das cerejeiras para os girassóis,
a Fórmula 1 abriu as portas da Rússia para o primeiro GP por aquelas bandas,
para ser amplamente dominado por um inglês. Hamilton foi superior em todos os
treinos e sobrou muito na corrida, até parecia que corria sozinho, tamanha sua
facilidade em conquistar o primeiro triunfo em terras russas e parte, com eu
disse no começo do ano, favoritíssimo para conquistar o título da temporada.
Claro que seu companheiro de
equipe deu a maior força na corrida. Logo na largada Rosberg perdeu o ponto da
freada e fritou os 4 pneus por muito tempo, jogando fora uma provável disputa
com o companheiro pela ponta, teve que antecipar a troca, caiu pra último e fez
uma sensacional prova de recuperação. Pilotou como nunca e conseguiu ainda
minimizar o desastre chegando em segundo. Com o resultado, a Mercedes
conquistou, com três provas de antecipação, o seu primeiro campeonato de
construtores, fazendo história e mostrando que a eficiência alemã tem
resultados quase sempre positivos.
Em terceiro chegou Bottas, com
uma corrida perfeita, sem erros, e agora está em 4º no campeonato de pilotos e
coloca a Williams em terceiro no campeonato. Não adianta querer tampar o sol
com a peneira, seu companheiro de equipe em quase nada ajuda, tem metade dos
pontos do jovem finlandês e vive chorando as pitangas, ele nunca erra, ou é o
carro ou são os outros. O “Peter Perfeito”,
segundo palavras dele, teve dificuldades em ultrapassar por causa do trânsito.
Engraçado que depois da troca de pneus ele estava atrás do Rosberg, o alemão
chegou em segundo e ele nem nos pontos. Se ele ficou assim com o trânsito em
Sochi, imagina se guiasse em São Paulo, nunca chegaria a nenhum compromisso.
Por essas e por outras, com a
dança das cadeiras em pleno vapor, Bottas é objeto de desejo da Mercedes para 2015.
Segundo meus passarinhos europeus, as negociações com Alonso na McLaren podem
parar. A Honda até quer o espanhol na equipe, mas, e sempre existe o mas, desde
a sua passagem pelo time inglês sua presença não é bem vista por alguns,
digamos, diretores. Até onde pude apurar, parece que o interesse maior seria pela
volta de Hamilton, já campeão do mundo pela segunda vez, e que deixaria o banco
vago na Mercedes, que optaria por Bottas. Pelo jeito, o espanhol pode ter uma
vaga na Lotus, que tenta se reestruturar, na Williams fazendo dupla novamente
com o Zacarias, ou mesmo partir para um ano sabático.
A torcida agora tem que ser para
o Felipe, mas o Nasr. Ele não tem mais chance de ser campeão na GP2, deve
garantir o vice e, se tudo der certo, vai acertar um lugar no grid da F1 em
2015. Nasr seria a aposta ideal para a Williams caso Bottas saia, mas a equipe
não parece muito afim, e na verdade nem eu gostaria, afinal, como eu disse a
algumas colunas atrás, a Williams joga contra. Vamos esperar mais três semanas,
que é quando a Fórmula 1 volta nos Estados Unidos, quem sabe já teremos algumas
definições. Enquanto isso, no fim de semana tem mais MotoGP, agora na Austrália
e eu analiso tudo na terça-feira.
A gente se encontra na semana que vêm!
Beijos & queijos
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