Uma produĂ§Ă£o ousada, com um
visual grĂ¡fico surpreendente, chega ao Brasil para te segurar na cadeira
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Imagem Filmes
Poucas foram Ă s vezes em que os
filmes, baseados em aventuras dos quadrinhos, fossem tĂ£o fiĂ©is a sua idĂ©ia
original. Em um universo de faz de conta, o trabalho de animaĂ§Ă£o tem resultados
mais parecidos, mas quando se trata de misturar personagens de carne e osso, a
coisa complica. SerĂ¡? Nem sempre!
No cinema dos dias atuais, o
computador e as novas técnicas de filmagem em 3D auxiliam muito as mentes
criativas, dĂ£o realmente vida aos sonhos mais loucos e transformam em realidade
o que atĂ© poucos anos seria impossĂvel de se imaginar. Com co-direĂ§Ă£o de Robert
Rodriguez (mais conhecido por A Balada do Pistoleiro) e do
cartunista e roteirista Frank Miller, chega aos cinemas SIN
CITY: A DAMA FATAL (AR
Films, Troublemaker Studios, Aldamisa Productions, Miramax Films, Imagem Filmes) um desses filmes imperdĂveis e muito bem
realizados a quatro mĂ£os. O seu estilo Noir e sua narrativa estilo Blade
Runner (a versĂ£o do produtor, pois a do diretor acaba com o filme!)
consegue trazer a sensaĂ§Ă£o das pĂ¡ginas impressas.
O
roteiro assinado por Miller é rico em detalhes e ações,
nele Dwight (Josh Brolin que começou a carreira
em Os
Goonies, passou por Onde os Fracos NĂ£o TĂªm Vez e
desembarcou em Guardiões da GalĂ¡xia) tem seu confronto final com a
mulher dos seus sonhos e pesadelos, Ava (a francesa Eva Green, lembrada como
a sensual VĂ©sper em 007 Cassino Royale). Ela
consegue ler mentes e transforma-se exatamente no que os homens desejam.
Repleta de mulheres fortes, anti-herĂ³is e vilões cruĂ©is, seus caminhos se
cruzam pelas ruas e bares da cidade do pecado. Contando ainda com Mickey
Rourke (menos monstruoso que na vida real), a linda Jessica
Alba, o duro de matar Bruce Willis e Joseph Gordon-Levitt
(indicado ao Golden Globe por 500 dias com ela e esquecido
no fracassado Lincoln).
O filme tem outra grande virtude
que Ă© ter uma seqĂ¼Ăªncia no mesmo nĂvel, ou melhor, que seu predecessor, coisa
complicada nesse caso, pois SIN CITY: A CIDADE DO PECADO
foi indicado a Palma de Ouro no Festival de Cannes e Ă© uma referĂªncia forte. Nada
que abale a direĂ§Ă£o segura e as atuações convincentes de todos os personagens,
as cenas de aĂ§Ă£o sĂ£o feitas em estĂºdio e isso garante uma diminuiĂ§Ă£o nos erros
provenientes de locações externas, onde sempre existe o imprevisto, aqui,
tirando o ego dos atores, sĂ£o poucas variĂ¡veis a serem controladas.
Tecnicamente o filme Ă© perfeito,
segundo a produĂ§Ă£o, ele conta com cerca de duas mil e trezentas cenas com
efeitos especiais, fora as correções de posicionamento que o computador ajuda
na ediĂ§Ă£o final. AliĂ¡s, Rodrigues assina tambĂ©m a direĂ§Ă£o de
fotografia e a ediĂ§Ă£o do longa, um acumulo absurdo de funções, mas que no
resultado final aparece bem interessante apesar de que, o orçamento de US$
60.000.000 poderia gerar mais alguns empregos e ter outra visĂ£o sobre o mesmo
tema.
É um filme para se divertir,
afinal SIN CITY: A DAMA FATAL Ă© como chupar mentos lendo uma
estĂ³ria em quadrinhos num domingo chuvoso deitado na cama antes de começar o
FantĂ¡stico.
A gente se encontra na semana que vĂªm!
Beijos & queijos
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