Segundo a DEKRA, as instituições devem atentar-se também aos bens oferecidos como garantia nos processo de liberação de crédito

 Texto e fotos: Dekra

Com o aumento nos números de inadimplência registrados em maio e abril, a DEKRA – multinacional alemã, presente em mais de 50 países e líder mundial em serviços para o mercado automotivo – destacou a importância das financeiras manterem-se atentas aos processos de liberação de crédito. Isso porque, uma das maneiras que existem para que essas Instituições recuperem os prejuízos é, justamente, a garantia do bem, que na maioria das vezes, são automóveis.


Entretanto, muitas vezes empresas desse segmento não realizam as verificações necessárias nos bens oferecidos como garantia, analisando apenas a situação cadastral dos clientes. Por isso, a multinacional alerta sobre a importância de uma análise criteriosa do veículo e da documentação para evitar situações irregulares, impedindo prejuízos futuros. Nestes casos, a DEKRA oferece o serviço de vistoria prévia às financeiras, como maneira de confirmar e verificar as reais condições do automóvel envolvido como garantia.
Os registros de inadimplência citados acima foram apontados pela Serasa Experian, com alta de 2,4% em maio comparado a abril desse ano. Já o mesmo período comparado ao mesmo mês do ano passado registrou alta de 0,3%.
De acordo com Leonardo Ianegitz, responsável pela área de Operações dos Serviços de Vistorias da DEKRA, o bem é a fonte de liquidez do banco. “Quando ele é aceito como garantia, sem ser avaliado, os riscos são grandes. Se possuírem, por exemplo, irregularidades no chassis ou numeração do motor, a transferência de propriedade é impedida, evitando que a instituição financeira recupere uma parte do prejuízo originado com a inadimplência”, explica.
Assim, os agentes de financiamento conseguem recuperar, em média, de 30% a 40% do valor original do automóvel por meio de processos judiciais para corrigir a irregularidade e realização de perícia. “A porcentagem é considerada baixa e poderia ser evitada se a vistoria prévia fosse realizada”, informa Leonardo.
De acordo com a DEKRA, as três principais restrições que podem influenciar negativamente na recuperação do prejuízo são: Irregularidades / Divergências nos itens de identificação (chassi, motor, gravação nos vidros, etiqueta-eta) com 40%, Irregularidade / Divergência na documentação (cor, categoria, ano/modelo) com 25% seguido de  transformações e modificações realizadas no veículo 15%.
Ainda segundo levantamento realizado pela multinacional, no cenário geral de vistorias prévias realizadas pela DEKRA, 20% dos veículos analisados traz algum tipo de restrição. Sendo que a cada um real investido pelo cliente, a empresa retorna para o mesmo, em média R$ 182,00.