Apesar de apenas mudanças estéticas, o novo modelo é mais rápido e econômico, será mágica?

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Honda

O modelo que está na sua 9ª geração, consegue se renovar. A Honda apresentou a jornalistas especializados, em um evento que aconteceu em seu centro educacional de transito, em Indaiatuba, interior de São Paulo, a versão 2015 do sedã. O modelo que já vendeu desde 1992 quando chegou ao Brasil 500.000 unidades, dessas 120.000 só da última geração, passou por uma mudança estética para continuar competindo no segmento Premium onde é líder.


A principal mudança, que apresentou resultados no desempenho e economia, é a utilização de um novo tipo de rodas e pneus escolhidos e através do acerto realizado pela engenharia da Honda no Brasil. Ela trouxe melhor dirigibilidade, além de menor resistência ao rolamento, sem comprometer o conforto dos passageiros. Isso melhorou muito o desempenho, e, acredite, também tem influencia direta na economia de combustível. Parece incrível, mas em comparação ao modelo 2014, parece ser outro automóvel.


Eu fui convidado para comprovar, em um test-drive, a diferença entre os dois modelos. O face-lift feito no modelo faz com que tenha uma cara mais agressiva. O design externo traz alterações, a grade dianteira renovada, a barra cromada na tomada de ar inferior-central do pára-choque e os faróis de neblina, com novo desenho, agora em formato circular e não mais elípticos como no modelo anterior. A versão de entrada (LXS) incorporou o conceito FlexOne, sistema que dispensa o sub-tanque para partida a frio.


O novo modelo está diferente em alguns pontos estéticos, mas o coração continua igual. O motor é o i-VTEC 1.8l SOHC, que produz 140 cv a 6.500 rpm com etanol e com gasolina, 139 cv a 6.200 rpm, além da transmissão manual de seis velocidades, a versão LXS conta também com a transmissão automática de cinco velocidades. Já a versão LXR, que já tinha o sistema FlexOne, foi mantida a motorização i-VTEC 2.0l SOHC, que produz 155 cv com etanol e 150 cv com gasolina. A versão conta exclusivamente com a transmissão automática e os paddle-shifters, que proporciona uma condução mais esportiva.


O teste, com dois carros na versão LXR, foi feito em uma estrada vicinal, próxima ao CETH. Primeiro eu testei o modelo 2014, nas mesmas condições de piso e abastecido com o mesmo combustível. O carro é rápido e seguro, o câmbio automático tem engates precisos e suaves, é bom em retomadas de velocidade. A estrada é cheia de curvas, subidas e descidas, o carro se portou seguro mesmo em situações de slalon, manteve a estabilidade e chegou rapidamente à velocidade da rodovia.


Fiz todo o circuito e voltei para o centro de treinamento para a troca pelo novo modelo. Pude sentir logo de cara que se tratava de um carro mais firme, a versão 2015 até parece que sofreu mudanças mecânicas. Ele tem um rolar mais fácil e dócil, atinge a velocidade limite da rodovia mais rápido que seu antecessor, se mantém firme nas curvas, usa menos marchas e pasme, o computador de bordo acusa um consumo menor de combustível. Na prática é uma melhora considerável em relação ao modelo 2014, dá mais prazer em dirigir.


O novo modelo, que chega às concessionárias da marca a partir da próxima semana, com três anos de garantia sem limite de quilometragem, e uma nova paleta de cores: Branco Tafetá Sólido, Preto Cristal Perolizado, Azul Denim Metálico (Nova), Cinza Barium Metálico (Nova), Prata Global Metálico e Cinza Iridium Metálico. Os preços sugeridos para as versões são: LXS manual R$ 65.890,00, LXS automático R$ 68.890,00 e LXR automático R$ 74.900,00.


E não pára por ai, essa antecipação do lançamento dos dois modelos é apenas um aperitivo para o lançamento da versão top de linha (EXR), que chega em breve ao mercado. Se essa é a entrada, o prato principal deve surpreender.