Ah,
o velho oeste e suas lendas. Os dias quentes no deserto americano e as
intermináveis lutas entre os homens brancos e os índios. A cultura americana
sempre se pautou em guerras entre os dominadores e dominados, as diferenças de
culturas e a soberba dos colonizadores. No meio dessa confusão toda surgiu,
segundo diz a lenda, um cowboy chamado John Reid, que virou o mascarado mais
famoso daquelas bandas, teve um amigo índio chamado Tonto e um cavalo de nome
Silver. Usava balas de prata e lutou por justiça enquanto cruzava o país de
costa a costa e tinha um grito famoso: Aiô Silver!. Ficou conhecido assim
por andar a maior parte do tempo sozinho, ser o único ranger em uma terra de
indígenas. Mas, nas voltas que o mundo deu, haveria o dia em que um novo
cavaleiro iria pisar o árido solo e reavivar a lenda.
Foi
o que aconteceu esse fim de semana no grande premio dos Estados Unidos de
Fórmula 1. Esse novo cavaleiro que veio da Alemanha segue os passos de se
antecessor na sua solidão, começa a se tornar lenda em todas as pistas do mundo
e vai entrando muito rapidamente na história, não montando um cavalo branco,
mas controlando como ninguém os 750 que o empurram. Sebastian Vettel foi
simplesmente imponente, não deu a menor chance para nenhum adversário, corre um
GP à parte dos outros concorrentes e chega à frente sempre sozinho.
Seria
só o carro? Não, claro que não, é um conjunto, um time, uma muito bem
coordenada equipe. Sua pilotagem é soberba e muito além do que os outros conseguem,
ele tem um diferencial que consegue unir muitos em um só: tem a frieza de um
Schumacher, a velocidade de um Senna e a técnica e precisão de um Alain Prost.
Sua escola de pilotagem contemplou esses três elementos e conseguiu forjar um
só. E não por acaso, junte-se a isso a determinação e a garra do povo alemão, adicione
agora o projeto de uma maravilha tecnológica feita por Adrian Newey, um carro
que, assistindo na câmera on board, percebemos que é dócil na mão de quem o
conduz.
Acrescente
ainda a capacidade de comando que a equipe Red Bull tem em todos os seus
componentes, um Christian Horner que a comanda desde sua fundação, que já foi piloto
e escolhe a dedo seus comandados. Agora, misture uma pitada de um patrocinador
que sempre abriu as portas para o novo e acreditou que um dia chegaria lá e
teremos isso, a melhor e mais forte equipe dos dias atuais com o melhor piloto
em atividade. É fácil de bater?
Para
os outros sobrou apenas pensar no ano que vêm. Tem muita gente se mexendo para
garantir lugar e a hora final vai ser na bandeirada do GP do Brasil nesse fim
de semana, quem conseguir seguir ótimo, quem esperar muito pode ficar de fora e
assistindo pela TV.
Ah,
o velho oeste e suas lendas. O menino de Heppenhein, nascido sob o signo de
Câncer, que esta quebrando os recordes do ídolo Schumacher, segue para
Interlagos para ser o favorito e dar o show que deveria ser nosso, e fecha a
temporada já pensando no penta em 2014.
É
a lenda se tornando realidade.
A gente se encontra na semana que vem!
Beijos &
queijos
e-mail: coluna.site@gmail.com
Follow me on twitter: @borrachatv
0 Comentários