ParanĂ¡ tem a menor carga tributĂ¡ria para micro e pequenas empresas, revela estudo da CNI e do Sebrae
  
Mato Grosso, Bahia, Amazonas, Acre e PiauĂ­ sĂ£o os estados que mais cobram impostos das empresas enquadradas no Simples Nacional

Texto: Sebrae
 
HĂ¡ uma enorme disparidade na carga tributĂ¡ria incidente sobre as micro e pequenas  empresas instaladas nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Essa Ă© a conclusĂ£o do estudo elaborado pela ConfederaĂ§Ă£o Nacional da IndĂºstria (CNI) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio Ă s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que  classifica os estados de acordo com o tratamento tributĂ¡rio dados Ă s empresas optantes pelo Simples Nacional.
O ParanĂ¡ Ă© o melhor estado para a instalaĂ§Ă£o e a operaĂ§Ă£o de micro ou pequena empresa. O Mato Grosso Ă© o pior.  No ParanĂ¡, uma empresa incluĂ­da no Simples Nacional recolhe, em mĂ©dia, 4,66% do seu faturamento em tributos. Em Mato Grosso, a mĂ©dia de tributos sobre para 8,62% do faturamento das empresas. Os melhores ambientes tributĂ¡rios para micro e pequenas empresas no Brasil sĂ£o, depois do ParanĂ¡, o Rio de Janeiro, onde a carga tributĂ¡ria mĂ©dia Ă© de 5,3%, o Rio Grande do Sul, com 5,32%, e GoiĂ¡s, com 5,48%. 
A pesquisa mostra as trĂªs principais razões para o ParanĂ¡ ter conquistado o primeiro lugar. O estado dĂ¡ isenĂ§Ă£o de Imposto sobre CirculaĂ§Ă£o de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as empresas com faturamento atĂ© R$ 540 mil em 12 meses e reduĂ§Ă£o das alĂ­quotas do ICMS para aquelas com receita bruta entre R$ 540 mil e R$ 3,6 milhões em 12 meses. NĂ£o hĂ¡ equalizaĂ§Ă£o de alĂ­quotas nas operações de compras interestaduais de matĂ©rias-primas ou de mercadorias para revenda. AlĂ©m disso, o estado adota a substituiĂ§Ă£o tributĂ¡ria do ICMS apenas para produtos com convĂªnio nacional. Na substituiĂ§Ă£o tributĂ¡ria, o ICMS que seria devido por todos os elos ao longo da cadeia Ă© concentrado num Ăºnica etapa. 
O Rio de Janeiro reduziu as alĂ­quotas do ICMS para as empresas com receita bruta de R$ 2,4 milhões ao ano. O Rio Grande do Sul isenta as empresas com faturamento atĂ© R$ 360 mil e reduziu a alĂ­quota do ICMS para todas as demais faixas atĂ© R$ 3,6 milhões.  Em GoiĂ¡s, o setor de vestuĂ¡rio Ă© isento do ICMS e nĂ£o hĂ¡ incidĂªncia de substituiĂ§Ă£o tributĂ¡ria do ICMS para a maioria dos produtos do setor do comĂ©rcio, incluindo o farmacĂªutico.
 
SISTEMA COMPLEXO

Entre os piores do ranking estĂ£o Mato Grosso (8,62%), Bahia (8,61%), Amazonas (7,84%), Acre (7,55%) e PiauĂ­ (7,55%). O Mato Grosso tem um regime complexo chamado de Regime de Estimativa por OperaĂ§Ă£o Simplificada e adota o sublimite de R$ 1,8 milhĂ£o para as micro e pequenas empresas aderirem ao Simples Nacional. O teto do Simples Ă© de R$ 3,6 milhões.
A Bahia, por sua vez, adota substituiĂ§Ă£o tributĂ¡ria do ICMS para produtos comercializados por cinco dos seis setores de comĂ©rcio, que compõem o ranking. O Amazonas adota sublimite estadual de R$ 2,52 milhões. Acre e PiauĂ­ tambĂ©m adotaram o sublimite para fins de arrecadaĂ§Ă£o do ICMS das empresas optantes pelo Simples.