Realmente não dá pra mais ninguém impedir o tetracampeonato do Sebastian Vettel. Ele sobrou muito na pista de Singapura, não teve adversários, elevou o nível da competição a um patamar tão alto que parecia que estávamos vivendo novamente os anos 80, onde o primeiro colocado impunha voltas de vantagem sobre os outros.


Deixar todo mundo no chinelo está se tornando rotina na vida desse alemão de 26 anos, nascido sob o signo de câncer, e que veio para mudar a história recente do automobilismo mundial. A diferença para os outros é tão grande que, no treino classificatório se deu ao luxo de dar uma volta voadora, dizer que ainda poderia andar mais rápido e ir para os boxes ver os outros correrem atrás e não conseguirem bater seu tempo. Esse é o cara que coloca em quatro voltas de uma re-largada quase 5 segundos de vantagem sobre o pelotão que o acompanhava, é o cara que faz a equipe toda vibrar, que obedece as ordens dos patrões e que nem precisa mais vencer nenhuma corrida para levar mais um título pra casa, mas se ganhar 3 fecha antes de novembro.
Os outros não assumem, mas já jogaram a toalha, não é possível, em condições normais, bater esse monstro de 26 anos e com muita lenha pra queimar. Se ele correr até os 36, o que será de nós? Se o barco seguir nessas águas, antes dos 30 ele vai bater o número de campeonatos do até então insuperável Schumacher, é brincadeira? Quanto aos outros, bem, são os outros. A grande vantagem do Vettel é não ser falastrão nem fanfarrão com suas conquistas e sua capacidade, coisa que muitos que lá estão não conseguem, e insistem em não manter a língua dentro da boca. Independentemente do título que ele vai conquistar, sua postura é o que mais surpreende a todos. Gosto de heróis que agem dessa maneira, são modestos mas muito competentes, na hora “H” realmente mostram do que são capazes. O Pelé era assim, nunca prometeu marcar gol em nenhum time, ia lá e fazia, ganhava campeonatos e virou rei, foi e sempre será o maior do mundo, até porque já se passaram mais de 30 anos que ele abandonou os campos e não apareceu ninguém que se aproxime dele.
O GP de Singapura serviu também para calar a boca de muitos, colocar pressão na cabeça de outros e fazer com que os até então “capazes” fossem beijar a mão do Bernie, que parece ter descoberto que no Brasil ninguém investe em automobilismo. O maior incentivo que ele deu pro Massa foi dizer que, “o maior problema para que o Brasil tenha um piloto experiente no ano que vem está na falta de patrocinadores. "Se Felipe trouxer patrocinadores tudo irá mudar, o Brasil deverá ter piloto no grid em 2014", e completou: "Um país de economia forte como o Brasil tem totais condições de investir num piloto", nota-se então que se for com grana ta fácil, mas isso até meu porteiro já sabia.


Vou ficando por aqui, apenas citando a punição de 10 posições no Grid que o Webber vai sofrer na próxima corrida por pegar carona com o Alonso, que eu acho que também deveria pagar pela cagada. Vi isso minha vida toda na Fórmula 1, mas agora é proibido por questões de segurança, e os dois idiotas não sabiam. Por aí se pode entender porque a vida tá tão fácil pro Vettel.

A gente se encontra na semana que vem!

Beijos & queijos

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