Sistema da Wings detecta comportamento ao volante analisando 50 itens, como pressão nos pedais do acelerador e freio e velocidade comparada com outros motoristas no mesmo trajeto e horário

Texto e fotos: SD&PRESS Consultoria

Por meio do uso de inteligência artificial, o VAI (Vehicle Artificial Intelligence), sistema de conectividade automotiva da Wings, conseguiu realizar uma análise profunda do comportamento de motoristas de veículos de frotas. As novas funções de IA, desenvolvidas há oito meses em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR) já estão disponíveis aos clientes do segmento de locação.

O estudo, abrangendo mais de dois mil motoristas que guiaram veículos com Inteligência Artificial acoplada à plataforma VAI por mais de 3,2 milhões de quilômetros, apontou que em cerca de 3% dos deslocamentos realizados houve incidência excessiva de comportamentos que podem ser considerados agressivos e que, portanto, aumentam o risco de acidentes. Do total, 1% das viagens foram enquadradas como de alto risco. Com o uso da IA foi possível monitorar mais de 50 hábitos de condução dos motoristas, além de analisar e comparar, em tempo real, cada um dos condutores dos veículos, o sistema VAI com IA é capaz de verificar ações como, por exemplo, a pressão exercida no pedal do acelerador e a velocidade com que se realiza frenagens e curvas. Outro ponto importante é que a IA implementada na plataforma VAI tem capacidade de avaliar o contexto de condução, ou seja, é possível identificar um comportamento distinto ao volante em um percurso ao compará-lo com outros motoristas que percorrem a mesma rota no mesmo horário.

Perfis de motoristas
A capacidade de análise da IA faz com que a plataforma VAI possa alertar o gestor da frota sobre condutores que apresentem elevado grau de risco de se envolverem em acidentes. Conforme a Wings, a eficácia desse alerta é de aproximadamente 90%. O sistema enquadra os motoristas em seis perfis, indo desde os mais tranquilos e moderados, que conduzem em uma média comparativa baixa de velocidade e sem hábitos agressivos na condução, até os agressivos e rápidos. Após as análises realizadas, foi possível constatar que a maioria dos condutores, 57%, enquadra-se no perfil mais cauteloso. Mas cerca de 1,2% dos motoristas representaram risco elevado no trânsito, devido à reincidência de comportamentos agressivos.