Empresa transforma 100% dos resíduos em material reciclado ou destina para aproveitamento energético com Projeto Aterro Zero

Texto e fotos: Hyster-Yale Brasil

Em 2022, o tema escolhido para comemorar o Dia Mundial da Água foi “Águas subterrâneas: Tornando o invisível visível”. Para empresas como a Hyster-Yale Brasil, um dos maiores fabricantes no setor de movimentação de materiais, isso já é uma realidade, à medida que cuidar da sustentabilidade do planeta faz parte de um compromisso corporativo global em toda a organização. Segundo estudo apresentado pelo IGRAC (International Groundwater Resources Assessment Centre), em 2018, as águas subterrâneas fornecem quase metade de toda a água potável no mundo todo, e, aproximadamente 70% da produção global de alimentos depende da água subterrânea. Estamos falando de um sistema que sustenta os ecossistemas, mantém o fluxo de base dos rios, evita o afundamento do solo e a intrusão marinha. Sem mencionar a importância que isso representa na adaptação às mudanças climáticas e, em muitos casos, na solução para pessoas sem acesso à água potável.

Baseada nestes princípios e alinhada com os propósitos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), a Hyster-Yale Brasil vem - desde 2016- trabalhando para atingir metas de excelência em sustentabilidade com captação, reuso e tratamento de água, com foco em consumo sustentável e preservação de recursos naturais. Uma das ações relevantes neste sentido foi o projeto de Aterro Zero implementado em outubro de 2021. Atualmente, a Hyster-Yale Brasil não encaminha nenhum tipo de resíduo para aterro sanitário. Segundo Karina Alonso, Engenheira Ambiental da companhia, a empresa conseguiu transformar 100% dos resíduos em material reciclado ou destinar para aproveitamento energético. “Um projeto de Aterro Zero requer muitos esforços e investimentos, por isto algumas organizações consideram caro esse processo e acabam enviando os resíduos direto para o aterro sanitário. No nosso caso, consideramos essa ação de extrema importância para a redução dos impactos ambientais que os resíduos causam, tanto interna quanto externamente” ressalta Alonso.

Água reutilizada
Na Hyster-Yale Brasil, a água captada por precipitação é utilizada tanto para a irrigação dos jardins como nos processos internos de limpeza e, desde setembro de 2021, passou a ser usada também no sistema de climatização, instalado nas áreas operacionais, essas medidas proporcionam economia no consumo de água entre 150 a 170m³ por mês. A planta industrial da Hyster-Yale Brasil está localizada em uma área que não possui infraestrutura de rede de abastecimento de água potável e nem de coleta de esgoto, por isso, a água para consumo é captada em poços artesianos e ou comprada de fornecedor externo e submetida a rigorosos controles de potabilidade, com o acompanhamento e validação das autoridades sanitárias competentes. O esgoto gerado é tratado em estação própria, passando por diversas etapas de tratamento. O tratamento interno do esgoto permite que ele seja reutilizado, nos sanitários dos vestiários da empresa, após passar pela estação de tratamento e receber um pigmento azul. Esse processo funciona em circuito fechado e permite a redução do consumo de água potável.

Economia e preservação
Todas as torneiras e chuveiros possuem controle de vazão e este processo permite reduzir o consumo de água potável na fábrica. Desde 2021, a empresa adotou medidores de vazão (hidrômetros) em alguns pontos chaves para identificar vazamentos e mapear o consumo por área.

Rumo a 2026
Implantado em 2016, o Programa Corporativo de Responsabilidade Social do grupo Hyster-Yale engloba uma série de medidas ambientais e sociais que devem ser concluídas até 2026. Os objetivos estabelecidos são globais e incluem ações com impactos positivos para seus colaboradores, parceiros, clientes, comunidade em que atuam e para o mundo, como um todo. Faz parte da responsabilidade corporativa da empresa: reduzir em 30% os compostos orgânicos voláteis (COV), a emissão de gás carbônico e geração de resíduos perigosos, além de reduzir em 20% o consumo de água.