O sedĂ£ mais vendido do Brasil
guarda segredos que os concorrentes tentam desvendar faz muito tempo
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Toyota
NĂ£o Ă© a toa que os japoneses sĂ£o
temidos no mundo dos negĂ³cios e da tecnologia, eles levam a ferro e fogo uma expressĂ£o
que foi pronunciada por Julio Cesar
em 47 A .C.:
Veni, vidi, vici (Vim, vi e venci) e serve perfeitamente
para explicar o sucesso do Corolla.
No ano passado ele foi o carro mais vendido do planeta com espantosas 1.224.990
unidades, para se ter uma idéia, no Brasil foram vendidos 2.240.000
veĂculos de TODAS as marcas e modelos juntos, segundo dados da Anfavea. O sucesso do sedĂ£ por aqui nĂ£o Ă© diferente, desde que
começou a ser produzido no Brasil hĂ¡ 20 anos vem liderando todas as
estatĂsticas na sua categoria.
Qual Ă© o segredo? Ah, alguns foram
revelados no Lançamento
da linha 2018 em março do ano passado e outros estĂ£o nas avaliações que fiz com
o Altis
e o XRS,
mas faltava aquele que Ă© o mais querido, o mais amado e o mais vendido do line up:
o Corolla XEi, que eu tive a
oportunidade de avaliar durante uma semana nas ruas da capital paulista e em
uma viagem para Sorocaba, onde fui participar de uma aĂ§Ă£o social da FundaĂ§Ă£o Toyota, o Projeto AmbientaĂ§Ă£o 2017.
Ele Ă© a primeira opĂ§Ă£o quando se
escolhe o motor 2.0L Flexfuel, Dual VVT-i DOHC de 16 vĂ¡lvulas com 154 cv, torque
de 20,7 kgfm com etanol e 143 cv, torque de 19,4 kgfm com gasolina, transmissĂ£o
automĂ¡tica Multi-Drive CVT com 7 marchas e tecla “Sport Mode” que serve para “apimentar”
a relaĂ§Ă£o entre carro e motorista, o que eu avaliei estava abastecido com
gasolina.
A diferença para os outros
modelos sĂ£o detalhes de acabamento e alguns equipamentos, na parte mecĂ¢nica nada
muda, Ă© igual aos outros, o que acaba se transformando em um enorme chamariz e
claro, o Corolla XEi sĂ³ poderia ser
sucesso. Sucesso mesmo Ă© “desfilar”
com ele pelas ruas e avenidas da cidade de SĂ£o Paulo, o isolamento acĂºstico nĂ£o
traz nada de fora para dentro, sĂ³ quando se presta muito a atenĂ§Ă£o se ouve o
zumbido do motor que nĂ£o lembra aqueles cavalos barulhentos e sim abelhas
operĂ¡rias.
Em dia de muito calor e trĂ¢nsito
carregado, fiz uma incursĂ£o pela regiĂ£o da Avenida Paulista, com o ar
condicionado digital ligado e duas pessoas a bordo. Dirigir Ă© um prazer, os
itens de conforto que sĂ£o colocados garantem uma viagem muito agradĂ¡vel, jĂ¡
começa com a chave Smart Entry e o Push Start, retrovisor eletrocrômico, rodas
de liga leve aro 17” ,
acendimento automĂ¡tico dos farĂ³is, painel de instrumentos com tela TFT colorida
de 4,2” , multimĂdia
Toyota Play com tela LCD de 7”
sensĂvel ao toque, GPS, TV digital, cĂ¢mera de rĂ© que facilita muito as manobras
de estacionamento e Bluetooth® onde Ă© muito fĂ¡cil de parear o Smartphone e
comandar tudo do volante.
Ele poderia ter um senĂ£o que
seria o consumo, o grande vilĂ£o para esse tipo de carro Ă© o anda-pĂ¡ra-anda que
acaba com a mĂ©dia duramente conseguida, nĂ£o Ă© o caso, os nĂºmeros que consegui
sĂ£o muito bons por se tratar de um carro de dimensões generosas e motor de 2 litros . Segundo dados do
computador de bordo, na cidade ficou em 10,5 km/l, muito parecida com a que se
consegue com carros menores e de cilindradas inferiores.
Da Avenida Paulista segui para a
estrada, a direĂ§Ă£o Ă© o Parque
TecnolĂ³gico localizado na cidade de Sorocaba, interior de SĂ£o Paulo. Na
Rodovia Castelo Branco, o trecho urbano tem velocidade reduzida e apĂ³s o
segundo pedĂ¡gio ela Ă© limitada em 120 km/h , que Ă© atingida rĂ¡pida e facilmente.
Para ter uma melhor avaliaĂ§Ă£o do Corolla
XEi, no caminho de ida eu optei por nĂ£o utilizar o Cruise Control, apenas
dosei no acelerador a velocidade desejada, isso faz com que o carro tenha menos
trocas de marchas, jĂ¡ que da forma eletrĂ´nica ele sempre vai procurar manter o
limite fazendo reduções.
Andei os 98 km sem problemas nem
sobressaltos, mesmo em trechos de subida nĂ£o notei nenhuma reduĂ§Ă£o das marchas,
isso sĂ³ aconteceu quando veĂculos de menor velocidade resolviam entrar na
frente sem usar o pisca, coisa muito comum e perigosa feita por qualquer tipo
de motorista brasileiro, acredito que a alavanca das setas indicadoras servem,
em alguns casos, para o sujeito colocar a chave de casa pendurada. Essa prĂ¡tica
de trocar de faixa sem sinalizaĂ§Ă£o Ă© uma infraĂ§Ă£o considerada GRAVE, tanto na
estrada quanto na cidade, vai doer no bolso R$ 195,23, 5 pontos na carteira e a
fiscalizaĂ§Ă£o estĂ¡ sendo muito rigorosa com esse delito, muitos carros (alguns
atĂ© que entraram na minha frente) estavam fazendo pit-stop no posto rodoviĂ¡rio.
OcorrĂªncias a parte, fiz o
trajeto de ida com muita tranqĂ¼ilidade, o Corolla
XEi tem um pacote de itens de segurança que garantem esse sossego: Controle
EletrĂ´nico de Estabilidade (VSC), Controle EletrĂ´nico de TraĂ§Ă£o (TRC), Assistente
de Subida (HAC) e sete airbags: dois frontais, dois laterais, dois de cortina, um
de joelho para o motorista, travamento automĂ¡tico das quatro portas, ABS com
distribuiĂ§Ă£o eletrĂ´nica de frenagem e luz de frenagem emergencial automĂ¡tica. O
consumo final neste trecho ficou, segundo dados do computador de bordo, em
Ă³timos 13,7 km/l.
Chegando ao destino, lĂ¡ estava
acontecendo a final do Projeto
AmbientaĂ§Ă£o 2017 que Ă© capitaneado pela FundaĂ§Ă£o Toyota e onde tive a honra de ser um dos jurados que
avaliou o desempenho das equipes, convidado pela diretora Saori Yano e a coordenadora do projeto Elaine Marques. O Projeto
AmbientaĂ§Ă£o foi ampliado em 2017, as prefeituras do entorno do Sorocaba
participaram da primeira ediĂ§Ă£o apĂ³s a expansĂ£o que durante o ano capacitou 40
servidores pĂºblicos por meio de uma metodologia exclusiva da
montadora para identificar problemas no consumo de Ă¡gua e energia nas unidades
em que atuam e propor soluções sustentĂ¡veis.
O AmbientaĂ§Ă£o Ă© dividido em oito
passos, utiliza o Toyota Business
Practices (TBP), ferramenta de soluĂ§Ă£o de problemas fabris criada pela
montadora e que passou por adaptações para que fosse aplicada no cotidiano. SĂ³
para citar um exemplo de como esse mĂ©todo funciona, apĂ³s uma sĂ©rie de
pesquisas, os funcionĂ¡rios da maior escola de Capela do Alto (SP), Escola de
Ensino Fundamental “Maria Elza Lazara
Lopes”, conseguiram identificar que a cozinha do local consumia em mĂ©dia 45
mil litros de Ă¡gua por mĂªs na lavagem de louças e limpeza de alimentos para 740
pessoas entre alunos e funcionĂ¡rios.
Com aplicaĂ§Ă£o do mĂ©todo, Paula Vida, encarregada do setor de
Serviços de Capela do Alto, conseguiu chegar a uma soluĂ§Ă£o: trocar os pratos
plĂ¡sticos (mais difĂceis de limpar) por louça. A troca do material permitiu uma
economia de 20% no consumo diĂ¡rio de Ă¡gua, sĂ³ na lavagem dos pratos eram
utilizados 320 litros
hoje passou para 288
litros , uma economia de mais de R$ 500 no total e no projeto, as prefeituras participantes conquistaram uma reduĂ§Ă£o de R$ 70.000 aos cofres
pĂºblicos.
A minha missĂ£o era ajudar a
avaliar os resultados e formas que foram utilizadas para serem resolvidos os
problemas que se apresentavam em 6 locais diferentes, onde houve um grande
impacto na preservaĂ§Ă£o do bem natural e na conscientizaĂ§Ă£o dos funcionĂ¡rios
envolvidos, tanto aqueles que fazem uso quanto os que administram. Foi uma
honra participar e saber que o incentivo que foi dado utilizando um método
comprovadamente eficaz, pode transformar a vida de todos.
Mas nĂ£o ficou sĂ³ por aqui, a FundaĂ§Ă£o Toyota tambĂ©m firmou parceria
com a FEE®, FundaĂ§Ă£o Espaço ECO®, criada e mantida pela BASF desde 2005. Ela atua como consultoria para sustentabilidade,
desenvolvendo projetos customizados para organizações medirem e compreenderem
impactos ambientais, sociais e econĂ´micos de seus produtos e processos com base
no pensamento de Ciclo de Vida. Segundo o Presidente da FundaĂ§Ă£o Toyota do Brasil, Percival
Maiante “eu tenho certeza que a
avaliaĂ§Ă£o do ciclo de vida, realizada pela FundaĂ§Ă£o Espaço ECO® vai contribuir ainda mais com os
resultados que temos apresentado a cada ano”.
Rodolfo Viana, diretor-presidente da FundaĂ§Ă£o Espaço ECO® disse que ”estamos
falando de duas organizações com uma grande afinidade de propĂ³sitos, pois
promovemos o desenvolvimento sustentĂ¡vel, capacitações e mudanças na sociedade.
Isso fez com que o diĂ¡logo fluĂsse de maneira rĂ¡pida e produtiva. Acredito que
nosso conhecimento na mensuraĂ§Ă£o de aspectos de sustentabilidade darĂ¡ uma
importante contribuiĂ§Ă£o aos projetos apoiados pelo AmbientaĂ§Ă£o”. A parceria jĂ¡ começa este ano e vai avaliar iniciativas de municĂpios que integram o AmbientaĂ§Ă£o.
MissĂ£o dada Ă© missĂ£o cumprida,
hora de voltar para casa e terminar a avaliaĂ§Ă£o do Corolla XEi pela mesma rodovia sĂ³ que agora verificando como se
comporta com o Cruise Control ligado. Para quem nĂ£o quer ter trabalho e apenas
dirigir sem ultrapassar o limite de velocidade, Ă© o ideal, mas tem um custo,
manter a velocidade registrada implica em se gastar um pouco mais de
combustĂvel, o computador nĂ£o tem a mesma sensibilidade do pĂ©, ele faz as
contas e sempre chega ao resultado, isso implica em reduções de marcha e muitas
vezes em aceleraĂ§Ă£o exagerada principalmente em retomadas. A media, segundo dados do
computador de bordo, ficou em 11,8 km/l que nĂ£o Ă© um exagero, mas diminui a autonomia.
O Corolla XEi tem preço sugerido de R$ 104.850, estĂ¡ no Ciclo Toyota, sete cores para escolher,
3 anos de garantia, revisões com preço fechado, assistĂªncia 24 horas,
assessĂ³rios da marca e outras vantagens, continua liderando as vendas no
segmento e tem na montadora um exemplo de capacidade fabril e cidadania, duas
coisas que certamente fazem parte do tal Segredo
do Sucesso.
Ficha TĂ©cnica
0 ComentĂ¡rios