Depois do sucesso da HR-V, a
montadora japonesa colocou no mercado uma versão compacta e cheia de tecnologia
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Honda
O nome estranho tem explicação da
Honda: WR-V significa Winsome Runabout Vehicle ou veículo recreacional e cativante, mas
para nós brasileiros é o SUV compacto montado na plataforma do FIT, na verdade ele tirou o terno e colocou jeans e
camiseta.
Durante uma semana eu pude
avaliar o modelo e, como ninguém é de ferro, de quebra ainda deu tempo de
provar as carnes da SWIFT BLACK que
abastecem o tradicionalíssimo Corrientes
348, um restaurante argentino que faz muito sucesso em São Paulo. Antes de
falar do almoço, vou falar do carro que já está no mercado brasileiro desde
março do ano passado.
Ele tem uma cara muito amigável, seu
design é moderno e muito atraente, mantém a característica dos SUV’s que é a de ter frente elevada e o capô reto, os faróis e grade deixam o Honda WR-V ELX mais bravo, a lateral tem traços marcantes e a
traseira identidade própria, a harmonia das luzes com a tampa traseira o
diferenciam do seu irmão, o FIT.
Na parte mecânica o Honda WR-V ELX é equipado com o motor 1.5 i-VTEC FlexOne de 116 cv com 15,3
kgf.m de torque com Etanol, 115 cv com 15,2 kgf.m de torque com Gasolina e
câmbio automático CVT de 6 marchas, um conjunto muito bem ajustado tanto para
se andar na cidade quanto na estrada. O modelo que avaliei estava abastecido
com etanol, fiz um percurso tradicional na cidade de São Paulo, cumprindo os
compromissos do dia-a-dia.
O ajuste do conjunto mecânico é
muito eficiente, o Honda WR-V ELX
roda na maior parte do tempo em 4ª marcha em modo “econômico”, que garante uma autonomia grande, em alguns momentos o
computador de bordo registrava 395
km para serem percorridos com tranqüilidade, já na estrada esse número chegava a 430 km. Com duas
pessoas a bordo e ar condicionado ligado, dirigir o carro na cidade em dias de
calor e muito trânsito não se torna uma missão desgastante, a direção elétrica
e a rapidez com que ele responde aos comandos facilita muito a vida.
É um carro muito bem equipado, a
qualidade dos bancos é excelente, fazer manobras de estacionamento não requer
muita habilidade, basta ter prática e saber estacionar usando a câmera de ré e
os generosos espelhos. Os itens de conforto e segurança são encontrados em
carros de nível superior, volante com comandos de som, viva-voz e controle de
cruzeiro, quadro de instrumentos Bluemeter, computador de bordo multifunções, ar
condicionado, sistema ULTRa SEAT que
permite a acomodação de objetos grandes, multimídia de sete polegadas com GPS,
navegador de internet via hotspot, conectividade via Bluetooth, cartão SD e
entradas USB, freios ABS com EBD e airbags laterais tipo cortina.
Andando na cidade fiz a média de
9,3 km/l, segundo dados do computador de bordo, a falta de apetite do carro
acabou aguçando o meu e, como faz parte de uma das editorias do BorrachaTV On-Line, aproveitei para avaliar
um restaurante localizado no bairro dos Jardins: é o tradicionalíssimo Corrientes 348 que fica na Rua Bela Cintra, 2305 e é
especializado em cortes argentinos, eu já conhecia a casa da Vila Olímpia, também em São Paulo,
onde conheci o fundador e xará Eduardo
Santalla, um portenho que não se cansava de cantar seu amor pela boa comida e o tango.
Santalla nos deixou em 2014, mas é impossível não associar o
restaurante (que agora virou rede e começa a desembarcar nos EUA) e as
coincidências que originaram o seu nome. Inaugurado em 14 de março de 1997 o Corrientes 348 é o endereço que está na
letra de um famoso tango argentino: “A
Media Luz” (clique para ouvir) imortalizado por Carlos Gardel e considerado um hino ao
amor pelos nossos "hermanos".
A casa lembra muito os
restaurantes de Buenos Aires, principalmente pelos detalhes rústicos da
decoração e as mesas com altura ideal para se consumir carne, sim, em casas de
“assados” a altura certa é na metade
do encosto da cadeira, que vai te possibilitar cortar a carne sem grandes
malabarismos.
A carne é um capitulo a parte,
para manter a qualidade e padrão exigidos por estabelecimentos desse porte, o
fornecedor deve ter compromisso sempre com a qualidade, neste caso, a SWIFT BLACK é a fornecedora de todos os
tipos de corte para a rede. Como eu já havia mostrado na matéria que fiz em uma
das unidades do frigorifico, que você pode lembrar AQUI,
os cortes estão sempre dentro do padrão e são acondicionados de forma correta nas
câmaras frias do restaurante, isso se chama responsabilidade.
Com o cuidado com que a carne é
preparada (fogo de carvão!) e a já reconhecida qualidade em acompanhamentos,
escolhi o Bife Ancho acompanhado de Farofa de Ovos e das tradicionais Batatas Infladas (ou suflê) com uma
entrada da salada alface e tomates com o tempero especial, uma recomendação e
um atendimento espetacular do Sub-Gerente Cledir
Caraffini, mais um daqueles novos amigos que fazemos na vida.
Evidentemente que o
acompanhamento líquido foi a água, pois ainda tenho que avaliar o Honda WR-V ELX na estrada, mas para quem não está dirigindo a carta
de vinhos contempla até o espetacular Vega-Sicilia
ÚNICO, um vinho que aprendi a apreciar com meu saudoso e querido amigo Marco Mora, que nos deixou há algumas semanas.
Mas, e sempre existe um mas, o
dever chama e ir para a estrada é a próxima etapa, vou sentir o comportamento
do Honda WR-V ELX em rodovia. O
caminho escolhido foi a Castelo Branco até a cidade de Itu, interior de
São Paulo, para tomar um café com alguns amigos de longa data. Atingir a
velocidade limite é muito rápido e seguro, sem usar o Cruise Control resolvi
fazer a primeira parte da viagem apenas no acelerador, isso me
permite avaliar com mais precisão o consumo, já na volta o controle ficou
acionado na maior parte do trajeto.
O Honda WR-V ELX tem uma pegada diferente do irmão, a posição da
traseira um pouco mais elevada é, para mim, mais confortável na rodovia. O
motor funciona com rotações baixas e com uma tocada linear, são raras as
reduções de marcha mesmo em momentos de ultrapassagem, é um carro muito gostoso
de guiar e transmite uma sensação de segurança diferente, talvez pelo fato de
se tratar de um SUV mesmo que compacto.
Desta vez encarei a estrada
sozinho, com a ida sem e a volta com o controle de velocidade ligado, a média de
consumo, segundo dados do computador de bordo, ficou em ótimos 10,7 km/l, com
ar condicionado funcionando e andando perto do limite permitido na rodovia. O Honda WR-V ELX me
impressionou muito de forma positiva, é de fato um carro diferenciado nesse
mercado maluco dos SUV’s, compactos ou não.
O preço inicial sugerido do Honda WR-V ELX é de R$ 83.400,00, tem o
selo de eficiência do CONPET/INMETRO com nota A, 3 anos de garantia, 2 anos de
Assistência 24 horas, Test Drive nas concessionárias e pode ter certeza, vai te
surpreender como carro que, assim como fez comigo, pode te levar a lugares que
vão maravilhar também seu paladar, duvida?
Ficha Técnica
0 Comentários