Ambientação promovido pela Fundação Toyota do Brasil dissemina práticas sustentáveis

Texto e fotos: Fundação Toyota

Na garagem de veículos da prefeitura de Sorocaba, cada veículo da frota lavado utiliza cerca de 213 litros de água. Já na escola EMEF - Escola  de Ensino Fundamental “Maria Elza Lazara Lopes” do município de Capela do Alto, a cozinha consome 45 mil litros de água por mês na lavagem de louças e limpeza de alimentos para 740 pessoas entre alunos e funcionários. São consumos elevados comparando-se à sugestão da ONU (Organização das Nações Unidas) de utilização de 110 litros de água por pessoa ao dia.


De acordo com a entidade, menos de 1% da água disponível do planeta é própria para consumo e grande parte dessa água está contaminada ou é má utilizada pela sociedade. Esse é um dos motivos, que faz com que a Fundação Toyota do Brasil estimule o uso racional de recursos naturais - água e energia – por meio de seu projeto Ambientação. Servidores públicos de Sorocaba, Capela do Alto e outros nove municípios paulistas estão participando da ação a fim de estimular o consumo consciente dessas fontes naturais em atividades do dia a dia.
Dividido em oito passos, o Ambientação utiliza o Toyota Business Practices (TBP), ferramenta de solução de problemas fabris, criada pela montadora Toyota e que passou por adaptações para que fosse aplicada no cotidiano, como forma de disseminar práticas sustentáveis. Elaine Marques, coordenadora e mentora do projeto, explica que a aplicação da metodologia não pode interferir na qualidade da atividade oferecida. “O Ambientação propõe que a redução do consumo de água e energia não altere a qualidade da atividade onde está se propondo a redução. Ou seja, não adianta em nada economizar água de uma atividade como lavar louça, se resíduos permanecerem nela. Ou pior, se for preciso repetir o procedimento, gastando mais do que o planejado. A economia tem que ser inteligente”, afirma.
Os participantes estão na metade do curso e já garantem melhorias antes de aplicar o método completamente. Esse é o caso dos servidores da garagem de carros da frota da prefeitura de Sorocaba, que ao mensurar o gasto do lavador de carros, identificaram um problema no hidrômetro, instalado em local inadequado, mascarando o real consumo de água do local. A identificação só foi possível por meio da aplicação do método.
Já os funcionários da Escola de Ensino Fundamental “Maria Elza Lazara Lopes” do município de Capela do Alto, após uma série de pesquisas, conseguiram perceber que os funcionários da cozinha estavam desperdiçando água por falta de conhecimento para higienizar a louça adequadamente. Até novembro, os 39 participantes do projeto Ambientação têm o desafio de reduzir o consumo de água em seus locais de trabalho e conscientizar seus colegas sobre a importância da principal fonte de vida no mundo.
O projeto Ambientação teve início em Indaiatuba em 2008, já envolveu mais de meio milhão de pessoas em comunidades nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul e conquistou importantes prêmios ambientais e de responsabilidade social. Além de minimizar os impactos ambientais e gerar economias financeiras, o projeto também abre portas para novas inciativas como conta o servidor público da Secretaria de Meio Ambiente, Parques e Jardins de Sorocaba, Estevam César Silva. “Antes do projeto, as pessoas não tinham plena consciência de quanto consumiam de água em seus locais de trabalho porque não recebiam as contas de água, que eram enviados ao departamento financeiro para pagamento. Hoje, todos os prédios públicos de Sorocaba recebem essas informações. Dessa forma, cada unidade pode controlar os gastos e ainda diminuir o impacto no meio ambiente pois fica muito mais fácil quando se dá transparência sobre os consumos”, revela o funcionário.