Nos últimos anos, o Brasil foi invadido pelas peças falsificadas

Texto e fotos: Sogefi

As apreensões mostram que os criminosos são capazes de copiar quase tudo, de lâmpadas a para-brisas. Segundo a Associação Brasileira de Combate à Falsificação, esse “mercado paralelo” fatura bilhões de reais por ano na reposição automotiva, causando grandes prejuízos para os profissionais do setor e seus clientes.


Fabricante dos filtros Fram no Brasil, para veículos leves e pesados, a Sogefi está sempre atenta a essas fraudes. Quando surge alguma denúncia ou até uma simples desconfiança, a empresa colabora com as autoridades e presta suporte técnico aos consumidores. Com base nessas experiências, sua equipe destaca que, com alguns cuidados, é possível escapar dos “piratas”.

Fornecedores Confiáveis
A principal estratégia dos falsificadores é vender as autopeças bem abaixo do preço normal, sem nota fiscal e com entrega imediata. Hoje em dia, comprar qualquer produto nessas condições é garantia de problema. Uma mercadoria que traz a marca de uma grande indústria e está sem documentos costuma ter duas origens: é falsa ou é parte de uma carga roubada.


“Como esses golpes causam uma reação em cadeia, é preciso estar sempre alerta. O ideal é negociar apenas com empresas idôneas, pedir as notas fiscais e arquivá-las. Esses cuidados são fundamentais para varejistas, reparadores e donos dos veículos. Se todos trabalharem da forma correta, ninguém perde”, reforça Ronilso Toledo, supervisor de assistência técnica da Sogefi.

Produtos Importados
Além dos itens falsificados, outra prática cada vez mais comum é a venda de autopeças importadas de uma forma independente. Na maioria das vezes, são comercializadas pela internet sem nota ou qualquer garantia. Muitas são falsas ou entram no país por contrabando. A Sogefi alerta que, mesmo se tiverem a marca Fram, esses filtros não contam com o suporte da fábrica.

Atenção aos Detalhes
Como as peças “piratas” são feitas com materiais inferiores e sem qualquer controle de qualidade, outra dica é prestar atenção às embalagens e detalhes do produto. Todos os filtros Fram, por exemplo, trazem gravados os números de série e até a hora em que são produzidos. Nas caixas estão em destaque todos os dados do fabricante, ao contrário da maioria dos itens falsos.


“Outro sinal de que algo está errado é quando vendem os componentes em embalagens não identificadas ou até mesmo sem as caixas. Nenhuma grande empresa faz isso. No caso da Fram, ao notar qualquer problema, os clientes podem nos escrever (sao.mkt@sogefigroup.com) que esclarecemos as dúvidas imediatamente”, destaca a coordenadora de marketing Tatiane Savane.

Problemas com a Justiça
Os profissionais da reposição automotiva precisam ficar muito atentos a essas questões. A empresa que vende ou instala um produto falso, contrabandeado ou roubado, pode acabar tendo sérias complicações. Um filtro de óleo de baixa qualidade, por exemplo, pode destruir o motor e dar um prejuízo de milhares de reais. Na maioria das vezes, casos assim terminam na justiça.


“No Brasil, o mercado de autopeças para reposição é o segundo mais atacado pelos falsificadores. Fica atrás apenas dos cigarros. As indústrias do setor e as autoridades estão empenhadas em combater esses crimes, mas é um trabalho longo. Nossos clientes precisam ficar atentos e entrar em contato sempre que desconfiarem”, recomenda Marcelo Silva, diretor comercial da Sogefi.