O fim de semana de tradição do
automobilismo continua sendo o melhor do ano, mas vive agora de mimimi
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: f1.com, indycar.com
As teorias da conspiração e os
chatos de plantão se multiplicam como erva daninha em jardins com pouco
cuidado, sempre procuram um motivo para falar mal para ganhar mais cliques em
suas matérias escritas nas coxas e sem a menor vontade de ver o lado bom da
vida, mas seu tempo está acabando, os leitores do texto todo (coisa rara,
neguinho coloca opinião só pelo título) começam a não considerar mais a atitude “vou descer a lenha porque é legal”.
Ninguém é tão cego para não enxergar o óbvio em algumas situações de pista, muita gente se sentiu incomodada e criticou a Ferrari pela tática de Mônaco e a Honda pela quebra do motor do Alonso em Indianápolis, duas coisas normais e corriqueiras no mundo das
corridas, mas esqueceram que o Vettel
quando foi exigido respondeu e que a fabricante japonesa de motores fez o vencedor, memória seletiva é gozado né?
No principado o alemão se deu
muito melhor, um cara que vive se cobrando e jogando com o time, mas todos se
doeram pelo Iceman (ou seria
Álcoolman?) que fez pole, largou bem
e acabou em segundo. No pódio fez cara de bunda e viu o companheiro, líder do
campeonato e profissional dedicado vencer a corrida e festejar. Ah vá, o Kimi nunca se dedicou, não gosta de ser
simpático com ninguém, se a equipe não armou pro outro ganhar, deveria.
E tem mais, com esse resultado Vettel abriu 25 confortáveis pontos
para o Hamilton no campeonato, isso
porque o inglês não se achou o fim de semana todo. Em minha opinião, ainda
acredito que Lewis vai encaminhar o
campeonato a seu favor, isso porque a Mercedes
não deve mais errar tanto e ele mesmo vai se cobrar mais, as próximas pistas
favorecem o carro alemão, mas convenhamos, vai ficar muito mais divertida a
disputa entre os dois.
Já na America do Norte, a 101ª edição
das 500 milhas
não poderia começar um novo século com um resultado mais surpreendente, isso do
ponto de vista do ineditismo de um piloto japonês ser o vencedor. Eu conheci o Takuma Sato quando ele corria pela BAR, produzi uma matéria com ele
fazendo sushi em um restaurante de São Paulo e pude conversar calmamente com o japonês.
Como todo oriental ele é comedido
e muito educado, na época me dizia que o sonho de todos os familiares, da
equipe e da Honda seria ver um japonês com motor japonês vencer uma corrida de
Fórmula 1. Não foi possível, a equipe não se achou e ele acabou não tendo resultados
muito expressivos para a categoria, mas é o japonês que mais pontuou na
categoria. Depois tentou a sorte na Fórmula-E e finalmente resolveu se dedicar à
Fórmula Indy.
É mais que uma vitória, é a
primeira vitória de um piloto japonês com um motor japonês na corrida mais
tradicional do planeta onde se coloca no troféu o rosto do vencedor, Sato entrou na pista para entrar para a
história, venceu sua primeira corrida em uma categoria TOP do automobilismo
mundial em um feito que será eterno, foi justa e um tremendo cala boca para os
corneteiros que estavam torcendo pelo Alonso
e já começavam a meter o pau na fabricante de motores que equipava também o
carro do Takuma! Ah, nada como uma
volta depois da outra né?
Vou ficando por aqui, no fim de
semana tem MotoGP e Fórmula Indy e eu volto na semana que vêm
pra contar o que de melhor aconteceu nessas duas categorias, vamos ver se o Rossi reage no campeonato e como é a
vida pós Sato.
Beijos, queijos e aproveite a vida!
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