A produção que toca na ferida
mais recente dos norte-americanos é muito realista e de realização competente
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Paris Filmes
A nossa história contemporânea
está ficando marcada por várias tentativas de impor, pelo método do terror, uma
ideologia que visa aproximar os povos com menor sorte na
vida daqueles que lutaram e trabalham para ter uma vida melhor. Certo? Não, errado! Culpar os
Estados Unidos pela pobreza e pela desgraça no resto do planeta é muito mais
fácil do que cair na real de que os ditadores da África e do Oriente
Médio são frutos de democracias mambembes e que são incentivados por países do
terceiro mundo.
Junto a essa falta de cultura e visão de sociedade de
seus povos, os fanáticos religiosos encontram um campo fértil para proliferar a
palavra deturpada de livros e escrituras antigas, aquelas que prometem a vida eterna, um paraíso que não vai ter falta de comida, água, conforto e
convence mentes pouco evoluídas que sua causa é razão para as barbáries que
praticam, é uma insanidade como roubar a casa de um rico apenas pelo
fato dele ser rico, isso certamente não vai igualar seu status social. Isso é abominável,
bárbaro e sem propósito a não ser aquele de continuar movimentando massas em
favor da causa e do conforto dos líderes, esses sim, vagabundos de primeira hora que vivem as custas do sofrimento dos outros.
Estreou na semana passada um
filme que trata deste caos social que radicais muçulmanos conseguem convencer seu rebanho e colocar
nas cabeças mais fracas de seus seguidores em todo o planeta. O Dia do Atentado
(Closest
to the Hole Productions, Bluegrass Films, CBS
Films, Lionsgate, Paris Filmes) é um filme para ser
assistido com todo cuidado que devemos ter hoje em dia com relação aos
radicais que nos cercam.
O longa é dirigido por Peter
Berg, um ator que virou diretor e começa a se achar nesse mundo do cinema,
ele dirigiu Battleship: A Batalha dos Mares que é interessante se
levarmos em conta que é baseado no jogo Batalha Naval, aquele mesmo
que jogávamos na escola em papel, mas foi com Horizonte Profundo: Desastre
no Golfo indicado ao Oscar® por efeitos visuais e edição
de som e esnobado em outras categorias que ele chamou mesmo muita atenção.
Agora a tragédia é outra e tem
aquele ar de material jornalístico, ele relata o atentado à Maratona
de Boston, em 2013 e as histórias dos heróis cotidianos que inspiraram
o mundo nas horas que se seguiram. Após um terrível ato de
terror, o sargento de polícia Tommy Saunders (vivido por Mark
Wahlberg) se junta a sobreviventes, primeiros socorristas e
investigadores em uma corrida contra o tempo para caçar os criminosos antes
que eles possam realizar um novo ataque.
A partir das histórias do Agente
Especial Richard Deslauriers (Kevin Bacon), do Comissário de
Polícia Ed Davis (John Goodman), do Sargento Jeffrey
Pugliese (JK Simmons) e da enfermeira Carol Saunders (Michelle
Monaghan), esta crônica contemporânea e cotidiana captura o suspense da mais
sofisticada perseguição e a força da população de Boston.
O elenco é de primeira linha e têm
atuações muito convincentes extremamente bem orquestradas por Berg
que voltou a ter a parceria do diretor de fotografia Tobias Schliessler (A
Bela e a Fera, O Grande Herói, O
Quinto Poder, Battleship: A Batalha dos Mares)
que marca um ponto muito forte na narrativa dos eventos. A câmera está sempre
em movimento, dá aquela aflição típica de quem observa os fatos como se
estivessem acontecendo naquele instante, isso ajudado por ótimos efeitos e a
mistura quase imperceptível de imagens reais captadas no dia que os irmãos Tsarnaev
entraram para a história pelo esgoto da humanidade.
São 7 dias resumidos em 133
minutos que custaram US$ 45 milhões, O Dia do Atentado é muito
mais que isso, é um filme que mostra a insanidade do ser humano com relação aos
seus irmãos, é a força de um país, uma cidade e um bairro que não procuraram fazer
justiça pelas próprias mãos, é um jeito de mostrar que ainda temos salvação
como espécie animal e que está na hora de dar um basta em todo o radicalismo
que assola o planeta e pensar em um futuro bom para todos, sem mortes sem
sentido ou ataques terroristas.
Beijos & Queijos
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