Em março, com 2.453 unidades comercializadas, setor registra baixa de 26% em relação a igual período de 2016, no acumulado, retração de 38,3%

Texto e fotos: Textofinal Comunicação

As dezoito marcas filiadas à Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, com licenciamento de 2.453 unidades, anotaram em março último queda de 26% ante igual período de 2016, quando foram vendidas 3.317 unidades. Com esse resultado, associadas à entidade fecharam o primeiro trimestre do ano também com queda, de 38,3%. No período foram licenciadas 6.084 unidades contra 9.860 veículos nos primeiros três meses de 2016.


Comparado ao mês de fevereiro deste ano, o volume de vendas de março representou uma alta de 45,5%. Mas, esse resultado não ameniza o fraco desempenho do setor de veículos importados, porque fevereiro teve 18 dias úteis e em março 23, o que significaram vendas diárias – respetivamente – de 93,6 unidades e 106,6 veículos, alta proporcional de apenas 13,9%.
“Infelizmente, o contingenciamento de nosso setor por cotas proporcionais, até o teto máximo de 4.800 unidades/ano, sem a incidência dos 30 pontos percentuais do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, é fator inibidor de nosso crescimento”, volta a enfatizar José Luiz Gandini, presidente da Abeifa. “Estamos cientes de que o super IPI vai cair a partir de 1º de janeiro de 2018. Mas a nossa preocupação em relação à sobrevivência dos importadores oficiais e da rede autorizada de concessionárias é de emergência. Temos ainda nove meses pela frente. Por isso, a liberação das cotas não utilizadas em 2016 seria providencial”, argumenta Gandini.
“O resultado comercial do setor em março foi importante porque conseguimos interromper uma sequência de quedas. A alta de vendas, porém, foi pífia. Não fosse a alíquota extraordinária de 30 pontos percentuais do IPI e a limitação da cota com teto máximo de 4.800 unidades/ano sem a sobretaxa, certamente nosso desempenho teria sido melhor”, argumenta o presidente da Abeifa, para quem “a contribuição do setor de importação de veículos automotores teria sido mais expressiva na forma de maior arrecadação de impostos, mas principalmente de recuperação da rede autorizada de concessionárias, que chegou a empregar 35 mil trabalhadores em 2011 e hoje com pouco mais de 13 mil postos de trabalho diretos”.


Participações – Em março último, com 2.453 unidades licenciadas, a participação das associadas à Abeifa foi de 1,33% do mercado total de autos e comerciais leves (183.850 unidades). No acumulado do primeiro trimestre, o market share foi de 1,32% (6.084 unidades, do total de 459.837 unidades).
Se for considerado o total de veículos importados, ou seja aqueles trazidos também pelas montadoras, as associadas à Abeifa responderam, em março, por 12,03% (2.453 unidades, do total de 20.384 unidades importadas). No acumulado, 11,94% (6.084 unidades, do total de 50.955 veículos importados).


Produção local – Entre as associadas à Abeifa, que também têm produção nacional, BMW, Chery, Land Rover, Mini e Suzuki fecharam o mês de março com 1.230 unidades emplacadas, total que representou alta de 44,2% em relação ao mês anterior. Comparado a março de 2016, o aumento de 73,2%, quando foram emplacadas 710 unidades nacionais. Enquanto, no acumulado, as cinco associadas à Abeifa totalizaram 3.056 unidades emplacadas, alta de 63,9% ante as 1.865 unidades (à época, ainda sem a produção da Jaguar Land Rover).