Duas corridas exemplares, tanto de Rossi quanto de Hamilton, seria a fórmula certa para se garantirem, mas...

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: motogp.com, f1.com

Sabe quando você acorda de manhã e pensa “por que eu não fiz desse jeito?” e todos os meus problemas seriam menores? Esse deve ser o pensamento que está passando pela cabeça tanto do Valentino Rossi quanto do Lewis Hamilton nesse momento em que estão indo para mais uma etapa de suas categorias.


No caso do italiano, por que não correr como correu na etapa australiana da MotoGP? O sujeito ganhou em 7 voltas mais posições que nas últimas 6 etapas juntas, deu um show de pilotagem e acabou ficando em segundo lugar na corrida, até pelo fato do campeonato já estar decidido e não precisar mais fazer nenhum resultado mais expressivo.


E ainda bem que acabou porque o tombo cinematográfico de Marc Marquez, caso ainda não tivesse levado o campeonato, provavelmente o deixaria em uma situação complicada.


Mas isso já era, e quem não tem nada com isso, casos do Carl Crutchlow, que venceu e provou que merece uma chance melhor com a Honda e do Maverick Vinãles, que chegou em terceiro já adiantando o trabalho que vai dar ano que vêm, é o sinal que a MotoGP ainda tem muita coisa para revelar nas próximas duas etapas, a da Malásia acontece nesse fim de semana.


Enquanto as motos vivem esse fim de campeonato mais relaxado, na Fórmula 1 parece que as coisas estão ficando mais quentes dentro e fora da pista. Como eu disse no título, se o Lewis tivesse feito na segunda metade do campeonato corridas como essa, provavelmente ou seria tetra ou estaria mais confortável na briga.


Tanto que o Rosberg se enrolou na largada e depois teve que contar com a tática dos pneus (coisa ridícula!) para voltar ao lugar de origem. Os que poderiam incomodar, casos da Red Bull e Ferrari, na verdade são coadjuvantes de luxo e seus pilotos não têm equipamento nem próximo das Mercedes para serem os fiéis da balança.


Claro, faltam 3 etapas, Hamilton tem que ganhar todas e o Nico ficar por ali marcando o inglês de perto, não deixar escapar na classificação significa levar o campeonato com tranqüilidade e nessa corrida do fim de semana no México, pouco ou nada vai mudar em relação à última dos Estados Unidos.


O barulho mesmo foi com a informação que o Felipe Nasr estaria quase certo na Force Índia, faltando apenas assinar o contrato. A informação tem um pequeno fundo de verdade, ele é um dos que concorrem para a vaga deixada pelo Hulkenberg que vai para a Renault, mas não é o favorito, ele briga com 3 outros pilotos. Bernie Ecclestone, aquele que diz amar a sogra e não pagou o resgate, teria se metido no negócio, mas a solução depende de outros fatores, entre eles a enorme divida da equipe com a Mercedes.


O que eu acho de tudo isso? Vamos lá: se sabe que o Felipe tem 3 opções: na Sauber não fica, na Force Índia uma chance se a Mercedes não impuser um piloto, na Renault a chance é melhor pois o Bottas já foi confirmado na Williams e ele pode até ficar fora da temporada.


Desde sempre achei que a Renault seria a melhor opção, tem um pacote técnico melhor e é equipe com uma montadora por trás, pode surpreender em 2017, casa com os interesses de um brasileiro andando na categoria e pode ajudar a alavancar suas vendas no Brasil, onde tem fábrica. A definição sai antes do GP Brasil, até porque após a corrida em Abu Dahbi todos vão conhecer suas novas casas e planejar os treinos para o ano que vêm.


Vamos aguardar e curtir o fim de semana com mais uma etapa da MotoGP que passou a régua e continua sensacional e da Fórmula 1 em período de definição. Na semana que vêm eu volto pra contar como foram as duas corridas.


Beijos & queijos

Twitter: @borrachatv