Com o lançamento do Etios
Platinum, das versões Flex da Hilux e SW4, do Ciclo Toyota e a chegada entre as
4 maiores, onde vão parar esses japoneses?
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Toyota
Trabalhar incansavelmente é uma
característica do povo japonês, sua dedicação em tudo que resolvem desenvolver
ou mesmo criar é motivo de preocupação dos concorrentes. Quase sempre dá certo,
com isso ficam um passo a frente na vanguarda tecnológica, conseguem respeito e
admiração de quem vive em função ou próximo a eles, tiram o sono dos rivais e
ganham confiança dos consumidores de seus produtos. Acontece que agora os
nipônicos da Toyota decidiram
avançar de forma mais contundente, apresentaram na semana passada uma avalanche
de novidades e começam a assustar os acomodados.
Prepare-se que lá vem textão! Eu
fui convidado para conhecer todas e de cara a ótima novidade é o face lift que
o seu querido menino passou poucos meses após ser apresentado na versão 2017,
que você pode ler aqui.
Na verdade é uma versão especial Top de Linha, onde a Toyota resolveu colocar no Etios
Platinum 2017 tudo que tinha de bom em termos de acessórios e de quebra
mudou a frente, aquela mesmo que muita gente achava feia. E agora, acha o que?
Foi uma vitória pessoal do
presidente da montadora no Brasil, Koji
Kondo, ele apostou na idéia, convenceu a matriz e colocou a criatividade e
o design brasileiro na “cara” deste Etios especial. Ele é oferecido nas
versões hatch e sedã têm itens únicos e principalmente o DNA Toyota: Qualidade, Durabilidade e
Confiabilidade.
A parte mecânica será única, o Etios Platinum 2017 é oferecido com
novo motor 1.5L 16V Flex de duplo comando de válvulas e transmissão automática de
quatro velocidades equipada com o software de gerenciamento AI Shift Control. Encarando
o novo modelo, já dá para notar as novidades como os novos pára-choques
dianteiros e traseiros, grade dianteira na cor do carro, aerofólio traseiro
(sedã), rodas de liga leve de 15”
com desenho exclusivo, por dentro bancos que mesclam couro e material
sintético, sistema multimídia Toyota
Play, com áudio, TV digital, DVD, GPS, câmera de ré e Bluetooth®.
Sua característica é única, um
carro compacto que sempre parece ser maior que realmente é, a nova frente é
mais bonita e chamativa e o carro ganhou uma nova perspectiva principalmente
pelas três cores que é oferecido: Prata
Lua Nova, Branco Perolizado e Preto
Infinito. O preço sugerido é de R$
62.490 para o hatch e R$ 65.990
para o sedã e ainda oferece mais de 50 itens de acessórios para se personalizar
ainda mais os modelos.
Com a alegria de se conhecer essa
nova opção da família Etios, a
surpresa não poderia ser melhor para quem já esperava a versão Flex dos pesos pesados que são montados
na Argentina: Hilux e SW4, com direito a test drive. Ambos
usam o mesmo chassi que ficou 20% mais rígido, a suspensão traseira foi redesenhada
e agora oferecem mais estabilidade e controle em estradas e off-road. O motor é
o Dual VVT-i Flex 2.7L 16V DOHC, projetado para o mercado brasileiro e
fabricado na unidade da Malásia da Toyota,
não usa o tanquinho para partidas em dias frios e é 7% mais econômico.
Para esses modelos grandes e
pesados não pode ter nada pequeno, o motor fornece 163 cv de potência a 5.000
rpm com etanol e 159 cv a 5.000 rpm com gasolina, entregam um torque máximo é
de 25 kgfm (com álcool e gasolina), sempre a 4.000 rpm. O câmbio tem duas
opções, a automática seqüencial de seis velocidades e manual de cinco
velocidades e ainda opção por andar no modo ECO ou POWER.
Em termos gerais, esses dois
novos modelos têm como objetivo agradar e também ser opção para o consumidor
que utiliza tanto a Hilux quanto o SW4 de forma mais urbana. Claro que
ambos mantém as características da irmã com motor Diesel, a Hilux você pode lembrar aqui
e o SW4 também pode ser lembrado aqui,
faltava apenas para os brasileiros a versão Flex. São carros altos, fortes e
cheios de tecnologia, a opção de se poder usar outros combustíveis tem como
objetivo um preço final menor e encontrar Etanol e Gasolina é muito mais fácil
que o Diesel S10 em algumas cidades brasileiras.
O que interessa mesmo é andar nos
dois modelos, testar o que tem de novidade (principalmente a suspensão
traseira) e comparar a força do novo motor. Vou deixar claro que a comparação
não foi feita (mesmo porque é impossível) com o conjunto que leva motor Diesel,
é outra proposta de veículo.
Primeiro optei por usar a Hilux na versão 4X4 e o percurso
contemplava um trecho rodoviário e outro fora de estrada com muitas pedras,
buracos e terra seca solta. Na rodovia seu comportamento é de um carro de luxo
grande, espaçoso, tem uma ótima posição para se dirigir e conforto para o
motorista e os passageiros. A nova geometria da suspensão transmite um pouco
mais as irregularidades do asfalto para os passageiros, ela é um pouco mais “cabrita” claro, como é uma pickup a
traseira é mais rígida a espera daquele peso extra que vai levar em algum
momento da vida.
Saindo da estrada, fui direto
para o trecho off-road onde, logo de cara em um momento de reta e piso mais
plano testei o sistema de freio. Cravando o pedal, a Hilux pára sem dar susto, fiz uma ligeira correção no volante mais
em função da terra solta, a segurança e a firmeza são o ponto alto, mesmo para
motoristas menos experientes.
Segui para a continuação do teste
onde havia um aclive acentuado com muita terra solta, poeira e resolvi então
testar o conjunto 4X4. Acionar o sistema é apenas um toque em um botão do
painel, imediatamente o carro se transforma em um poderoso e avassalador
devorador de montanhas, não existem pedras no caminho nem buracos
intransponíveis, mesmo parado no meio da ladeira e saindo de velocidade zero o
carro se compõe de tal maneira que parece estar no asfalto.
Depois da ótima impressão da Hilux, é chegada a hora de avaliar o SW4. Os dois modelos têm a mesma base,
inclusive de espaço interno e distribuição dos bancos e equipamentos, no caso
do SW4 a diferença é ter o
porta-malas fechado e a possibilidade de se colocar mais um banco para
passageiros. A versão que utilizei foi a 4X2 e o percurso seria o mesmo que eu
havia feito com a Hilux: rodovia e
estrada de terra.
Com um pouco mais de peso e um
acerto diferente da suspensão, esse modelo é menos “cabrito” e só poderia ser assim, na verdade é um SUV e sua utilização é mais voltada a
levar passageiros que carga. Na rodovia ele é sensivelmente mais rápido que sua
irmã, claro que por causa do desenho da carroceria, tem um conforto interno
idêntico e, mesmo sendo um carro com o interior maior, atinge muito rápido a
climatização, nem dá para sentir diferença entre um e outro.
Vamos para a terra então, este
modelo não tem tração 4X4 e vai passar pelos mesmos locais. Dificuldade?
Nenhuma! Superar os desafios foi muito fácil e sem problemas, a diferença é que
a falta de tração modifica o modo de dirigir na terra, mas em nenhum momento o SW4 deu pinta que faria cara feia, ao
contrário, sorriu rasgado o tempo todo.
Os preços sugeridos das versões,
no caso da Hilux de R$ 111.700 até
R$ 131.200 e o SW4 R$ 159.600 a R$ 164.900, aí
você me pergunta: e o consumo? Vale a pena? Eu te digo o seguinte, segundo
dados da montadora o consumo medido pelo Inmetro ficou assim:
Hilux
Etanol – 4,8 km/l
cidade – 5,6 km/l estrada;
Gasolina – 6,9 km/l
cidade – 8,1 km/l estrada;
SW4
Etanol – 4,9 km/l
cidade – 5,9 km/l estrada;
Gasolina – 7,1 km/l
cidade – 8,5 km/l estrada;
Esses valores não diferem muito
de sedãs com motorizações menores (esses tem quase 3 litros ) e que se
autodenominam eficientes e econômicos.
O Etios é um dos maiores sucesso da montadora no Brasil, a Hilux a líder no segmento e o SW4 se aproxima dos líderes, na semana passada
a Toyota se tornou a quarta colocada
em vendas, superando marcas tradicionais e com um line up maior e mais
diversificado. É o resultado do trabalho e da dedicação, mas é só isso?
Claro que não, as suas soluções
para produzir veículos com qualidade se misturam ao fato de sempre procurar
ouvir o consumidor e os profissionais de imprensa que avaliam seus produtos e
invariavelmente apresentam retornos muito positivos. A montadora tem em seu
direcionamento como empresa a frase que sempre foi utilizada no comércio
brasileiro desde o descobrimento: O Meu
Patrão é o Meu Cliente.
E pensando nos clientes a
montadora japonesa apresentou a cereja do bolo do evento: o Ciclo Toyota, uma nova modalidade de
compra que, em parceria com o Banco
Toyota, oferece condições especiais na compra de um veículo zero-quilômetro
e tem como objetivo ter o consumidor sempre fiel à marca.
Nesta primeira fase vai estar disponível
para as linhas Etios e Corolla e deve ser ampliada para todos
os modelos. É muito fácil: o valor de entrada, que deve ser de no mínimo 30% do
valor total do modelo, depois se escolhe as parcelas entre 12 a 36 meses e a Toyota garante a recompra do veículo
pela concessionária por, no mínimo, 85% da tabela FIP sem a necessidade de
quitar o final do plano, esse valor pode ser utilizado na quitação do residual
ou na compra de um novo veículo, voltando ao inicio do Ciclo Toyota. É mais ou menos com um leasing particular que tem
como grande vantagem não precisar procurar comprador quando quiser trocar de
veículo.
Segundo Miguel Fonseca, vice-presidente de marketing, planejamento de
vendas e produto, relações públicas e assuntos governamentais que apresentou a
novidade, “o sistema tem regras simples e
fáceis, o proprietário tem que fazer todas as revisões em concessionárias da
marca, ter rodado no máximo 15.000
km por ano, utilizar acessórios originais, entre outras,
com isso esperamos aumentar em 50% as nossas vendas, abrimos acesso a novos
clientes e fidelizar os atuais à marca”.
As simulações de todas as
variáveis podem ser feitas diretamente no site www.toyota.com.br, através de uma
plataforma interativa e vai facilitar muito o entendimento e aguçar o desejo
pelo carro novo, nas condições que o consumidor pode pagar.
O Ciclo Toyota, o Etios Platinum,
a Hilux e o SW4 Flex já estão em todas as 217 concessionárias da marca e
representam uma nova realidade da montadora no Brasil, agora a conversa ficou muito
mais séria, a concorrência que se cuide.
0 Comentários