Na Fórmula Indy Montoya repete 2015, já sai na liderança

Texto: Eduardo Abbas
Fotos: indycar.com

Voltando e agitando! Após um longo período de férias, a COLUNA DO BORRACHA está de volta com as competições de alto nível. Em 2016 serão apenas 4 categorias que vou comentar: F1, Indy, MotoGP e Fórmula-E, o resto não desperta tanto interesse dos leitores e seus organizadores fazem questão de manter seus produtos escondidos e reservados, sendo assim, quem gosta de janela enxerga o mundo, quem gosta de parede fica enclausurado.


Indo direto ao que interessa, o fim de semana de abertura da temporada teve os mesmos ingredientes do ano passado, e pelo jeito, vai ser a mesma toada o ano todo. Montoya repetiu a performance e dominou a corrida da metade para frente, deixando seus concorrentes mais diretos, que até então são os companheiros de equipe, montados na fumaça.


Na verdade não é de se espantar nem de se admirar, Simon Pagenaud não tem a mesma garra do colombiano, é um piloto regular mas limitado, apesar de um domínio fácil na primeira metade da corrida, não conseguiu acompanhar Juan Pablo na parte decisiva. O francês vive um drama e um dilema, se não mostrar realmente serviço, vai acabar fazendo parte dos desempregados, enfim.


O mesmo pode se aplicar ao Hélio, que é um piloto muito melhor que o Pagenaud, mas tem aquela dose de azar que acompanha os que nunca chegam lá. Helinho começa a temporada mais ou menos como acabou 2015, entre os mais rápidos e com boas colocações, predicados que não são suficientes para garantir uma briga direta ao título. Não sei se está na hora de pensar em parar, mas acredito ser este ano sua chance derradeira.


O problema, ou a solução, como queiram, da Fórmula Indy é a chegada de muitos pilotos novos, a maioria formada em categorias mais competitivas que lapidaram os caras de uma maneira diferente. Os quarentões são de uma geração, não diria menos preparada, mas moldados de outra maneira. Aqueles que vieram da Europa tiveram uma preparação mais dura, quando chegaram à América pouco ou nada encontraram de dificuldade para se adaptar.


O negócio é esperar pela próxima etapa, inclusive porque os motores Chevrolet continuam dando um banho nos Honda, aquele equilíbrio dito que iria acontecer desde a primeira etapa, ficou mesmo para quem sabe a segunda. O que realmente o Roger Penske não quer, na sua 50ª participação no campeonato, é perder novamente na última corrida. Se isso acontecer, acho que ele manda todo mundo embora!!!


Antes de pegar o boné e correr pra casa, vale citar a espetacular corrida do Lucas Di Grassi no México. Ele correu com inteligência e ousadia, levou todos os que estavam assistindo a corrida ao delírio e foi literalmente pra galera. Este é um talento que sofreu na Fórmula 1 por causa da insanidade em apenas se enxergar dinheiro onde o talento deveria prevalecer, quem sabe agora, em segundo no campeonato, o destino não lhe faz justiça e coloca em suas mãos a taça do campeonato. Por aqui, torcida não falta!


Eu volto na semana que vêm para falar da Fórmula 1 e da MotoGP que começam suas caminhadas nesse fim de semana, sem bem que, aparentemente nada mudou, talvez a Indy seja apenas o prenuncio de algo igual para todo mundo.


Beijos & queijos

Siga-me no twitter: @borrachatv
Curta minha página no Facebook: www.facebook.com/borrachatv