Piquet e Senna foram os
protagonistas do primeiro título brasileiro na fantástica Fórmula-E, a
competição do futuro
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: motogp.com, indycar.com, formulae.com
Finalmente chegou o dia! Depois
de mais de 10 anos sem um título em uma categoria de monoposto TOP do
automobilismo, finalmente o Brasil é de novo respeitado no mundo das 4 rodas.
Foi com muito suor, determinação
e a parceria com os chineses que, finalmente, Nelson Ângelo Piquet pode
comemorar o título da Fórmula-E, o primeiro da história, com a ajuda
importantíssima do seu amigo Bruno Senna. Quem diria? Estes dois sobrenomes no
fim dos anos 80 e começo dos 90 eram rivais ferrenhos em uma Fórmula
1 que já não existe mais.
Ambos chegaram juntos a maior
categoria do automobilismo, e de lá saíram, cada um de uma forma mais
complicada que a outra. Nelsinho foi defenestrado por causa da polêmica batida
na Malásia, que garantiu uma vitória para o Alonso. Pagou o preço de ter que
começar de novo, nos Estados Unidos, e quando surgiu a oportunidade com os
carros elétricos, agarrou com unhas e dentes.
Já o Bruno, não ficou porque
acabou o dinheiro para a gananciosa Williams e seu talento apenas não bastou. A
equipe inglesa optou por uma opção mediana, acho que se arrependem, pois a
dupla Senna/Bottas teria mais opções que a atual. Quer saber? Ainda bem! Se não
fosse Bruno o grande piloto que é, talvez a conquista do Nelsinho não fosse tão
saborosa.
O adversário era Sébastien Buemi,
outro exilado da Fórmula 1, que era o maior favorito. Havia ganhado a corrida
de sábado e largava 10 posições à frente de Piquet. Aí veio a velha e boa
tática, lembrou o pai, administrou a primeira parte da corrida economizando
bateria e quando voltou do pit stop acelerou fundo, trocou de posição com o
companheiro de equipe e fez uma ultrapassagem ousada, garantindo uma posição
que, para ele era o cheiro do título.
Aí foi a vez do Bruno Senna
entrar em ação, se o suíço ultrapassasse, Buemi ficaria com o título. Sem jogar
sujo e fechando a porta na hora certa, o brasileiro garantiu a conquista do seu
compatriota, por opção, afinal o Nelsinho é alemão de nascimento. Fim de
corrida, campeonato e papo, quem perdeu com estes dois pilotos fora da Fórmula
1 fomos nós e o espetáculo, mas a Fórmula-E chegou para nossa redenção.
Espetáculo mesmo foi a corrida de
MotoGP em Assen, na Holanda. Mais uma vez o mundo aplaudiu o maior piloto da
atualidade, Valentino Rossi. O italiano dominou o treino, largou na pole e se
mandou na largada. Lá pelas tantas, faltando 5 voltas para o fim da corrida,
Marc Marquez, que nada fez esse ano, resolveu querer mudar o destino e partiu
pra cima do doutor.
Foram voltas absurdas dos dois,
uma disputa limpa e digna do tamanho do talento de ambos, que comandaram
sozinhos o espetáculo. Mas Marquez continua se desconcentrando, quase caiu
sozinho em uma manobra e se atirou meio que sem tática pra cima do Valentino.
Passou, tomou a ponta e logo depois tomou o troco do italiano. Aí parece que
a cabeça dele não se conforma, na última volta, penúltima curva, se jogou pra
cima de Rossi, tocou na moto e provocou uma saída de pista do italiano.
Mas Rossi é Rossi! Ele surfou na
caixa de brita, saiu ileso, na frente do espanhol e ainda por cima empinou a
Yamaha para cruzar em primeiro a linha de chegada. Foi uma vitória decisiva e
maiúscula, garante a ele a permanência na liderança do campeonato e vê o 10º
título cada vez mais perto!
Agora a parte triste do esporte.
Em Fontana, a Fórmula Indy disputou mais uma etapa, o vencedor foi Graham Rahal,
Juan Pablo Montoya continua liderando, mas o campeonato parece não empolgar
mais ninguém. Uma imagem vale por mais de mil palavras, esta mostra o quanto
entusiasmado está o norte americano com relação a sua categoria TOP. Triste
estar acontecendo esse tipo de êxodo por causa de novos carros que nada
lembram os dias de ouro da categoria.
Na semana que vem eu volto pra
falar de outra triste categoria, a Fórmula 1, que vai ter sua etapa britânica
neste fim de semana, e não tem nada que indique que as Mercedes não vão dominar
facilmente.
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