Depois de uma corrida sem erros,
o bicampeão incendeia a disputa dos pilotos da Yamaha
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: motogp.com, indycar.com
Ufa! Finalmente o menino de ouro
da Honda começou a sair da nuvem negra que pairava sobre ele este ano. Aliás, a
equipe se recuperou de uma metade de campeonato desastrosa, que deixou seus
pilotos distantes da briga pelo título.
Foi uma corrida perfeita das duas
motos, dominaram com certa facilidade o fim de semana e conseguiram garantir
uma dobradinha no pódio. Nada mais natural por ser a Honda quem é, e que
certamente durante estes primeiros meses tirou o sono de muito japonês na sede
da empresa.
Mas nada se compara a surra que o
Valentino dá no companheiro de equipe. Desta vez a situação de Lorenzo ficou
feia, eu diria até humilhante, porque depois de uma espetacular largada,
liderar a corrida e chegar em quarto muito longe do companheiro que foi
terceiro, é quase que uma situação de desaprender completamente tudo que lhe
ensinaram na vida.
Sabe o que está parecendo? Este
ano todos torcem para o Rossi ser campeão e se aposentar, para sim, no ano que
vêm, todos começarem a mostrar serviço em suas equipes. O
Doutor é o fiel da balança, e como não está nem aí pra hora
do Brasil, se bobear vai conquistar o título deste ano e do próximo, quando
prometeu que ia parar. É aguardar agora o pequeno período de recesso e tentar
entender na volta, em Indianápolis, o que teremos para os próximos capítulos.
Aliás, nos Estados Unidos,
precisamente em Wisconsin, aconteceu mais uma etapa da Fórmula Indy, essa sim,
com cara de corrida e resgatando o que a categoria tem de melhor: a
competitividade e o suspense até o final para ver quem será o vencedor.
Em um oval tradicional de uma
milha, sem curvas com graduação e que se faz com o pé 90% do tempo cravado no
assoalho, a corrida não poderia ser melhor. Foi uma troca interminável de
lideres, várias ultrapassagens, os safety cars que mudaram a estratégia de
pilotos e equipes, a condução fria e calculista e o resultado que, finalmente,
trouxe a redenção ao Sébastien Bourdais, um piloto técnico e aplicado, quatro
vezes campeão da Champcar que passou um perrengue na Fórmula 1, a fórmula da desolação, e
agora retoma a carreira de maneira brilhante.
Conseqüência da corrida cheia de
alternativas, o Helio Castroneves acabou chegando em segundo, deu uma respirada
no campeonato e agora segue junto com Dixon e Rahal na captura do Montoya, que
já abriu 53 pontos de vantagem para o neozelandês, segundo na classificação e
um tremendo papa-títulos quando se encontra nessa situação.
Eu vou ficando por aqui, tem mais
Indy no sábado de noite, com a etapa de Iowa, aí sim deve começar a se desenhar
o fim do campeonato, que acredito deve ficar entre Montoya, Dixon e Rahal. Os
brasileiros, mais uma vez, vão apenas ser coadjuvantes e aplaudir.
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