Em mais uma corrida arrastada, as
emoções ficaram apenas para as Ăºltimas voltas
Texto: Eduardo Abbas
Fotos: Indycar.com, Fiawec.com, MotoGP.com
Parece que este ano vai continuar
sendo aquela Ă¡gua morna na FĂ³rmula Indy, o que podemos considerar uma boa diferença
para a sua irmĂ£ europĂ©ia Ă© o fato de que, em quatro etapas foram tambĂ©m quatro
vencedores diferentes.
Essa conversa de segurar gastos
que as categorias impõem a seus competidores e suas equipes, acarretam em
nivelar por baixo a competiĂ§Ă£o, os pegas sĂ£o mais raros e as disputas, quando
acontecem de verdade, ou ficam para as Ăºltimas voltas ou no pelotĂ£o do Deus me
livre. LĂ¡ na frente a coisa se resume a ultrapassagens nas trocas de pneus e
abastecimento.
NĂ£o foi diferente na corrida do
Alabama, o Helinho depois de fazer a pole e liderar a corrida por 18 voltas,
acabou sendo ultrapassado nos boxes, teve que economizar combustĂvel nas voltas
finais e acabou chegando em 15º. NĂ£o sĂ³ ele passou esse perrengue, todos que
usam motores Chevrolet, um propulsor que gasta e anda mais, coloca seus pilotos
na ridĂcula situaĂ§Ă£o de virarem taxistas no ocaso das corridas.
Mesmo assim, com um Chevrolet,
Josef Newgarden assumiu a ponta e administrou as 46 voltas que esteve por
lĂ¡ atĂ© receber a bandeirada, mas com um gosto meio amargo, afinal o show ficou
por conta do Graham Rahal.
Equipado com um motor Honda, que
anda menos, mas Ă© muito mais econĂ´mico, proporcionou momentos em que se pĂ´de
ter algum tipo de torcida, afinal o menino veio passando todo mundo e acabou
cruzando a linha de chegada em 2º, pouco mais de 2 segundos de Newgarden.
Agora, motor que anda mais e gasta mais contra motor que anda menos e gasta
menos, nĂ£o Ă© estranho para uma categoria que se diz ser equilibrada?
EquilĂbrio mesmo tem em outro lugar,
para onde estou gostando de me bandear. As provas de endurance tĂªm o
desconforto das 6 horas de duraĂ§Ă£o, menos as 24 de Le Mans, mas garantem um
grande equilĂbrio e mostram a tecnologia que as FĂ³rmulas deveriam apresentar.
O campeonato começou em Silverstone
e a Audi jĂ¡ mostrou a que veio. Ano passado os alemĂ£es tomaram um chapĂ©u dos
japoneses da Toyota, que fez barba, cabelo e bigode, agora, como era de se
esperar, querem dar o troco.
Na LMP1, o E-Tron Quattro HĂbrido
ganhou nĂ£o muito tranquilamente, o Porsche HĂbrido chegou nos seus calcanhares,
logo depois o Toyota HĂbrido que, pelo que conheço dos orientais, nĂ£o vĂ£o
deixar barato para a etapa do fim de semana, na BĂ©lgica.
A nossa torcida Ă© pelo carro 8,
que tem o brasileiro Lucas Di Grassi formando a equipe. Eles nĂ£o foram tĂ£o bem
na Inglaterra, chegaram em quinto, vĂ£o reagir nesta etapa, a Ăºltima antes do
desafio francĂªs de Le Mans.
Na semana que vem eu volto pra
falar da etapa da WEC e da MotoGP, que vai começar a fase européia por Jerez de
La Frontera, uma oportunidade para todos os candidatos ao tĂtulo começarem a se
mexer, antes que o Doutor feche a conta.
Beijos & queijos
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