Um fim de semana em que as duas mais importantes categorias se uniram, em erros de estratégia
Texto: Eduardo Abbas
Como diria aquele torcedor dos
anos 70: “Parece que foi tudo
combinado!”. E parece mesmo. Como podem as duas maiores categorias de
Fórmula no século 21, errarem tanto em fazer conta? Como pode a tecnologia que
nos cerca todos os dias sucumbir a um simples uso de calculadora? As duas
categorias se assemelharam em falta de emoção, tirando a batida na largada da
Indy em Indianápolis, o resto foi morno. A Fórmula 1 também não ficou atrás,
ambas tiveram alguma disputa nas voltas finais, por culpa de quem? Erro de
tática!
No sábado o circuito misto na
capital mundial do automobilismo, recebeu a quarta etapa, o Helinho tinha tudo
pra vencer e começar a tentar conquistar o campeonato, mas as contas da equipe
fizeram com que ele tivesse que parar e assim abriu caminho para o Simon
Pagenaud ganhar e se aproximar dos líderes na classificação geral do
campeonato. Mais uma vez, os brasileiros seguem como coadjuvantes, espero que
depois das 500 milhas
essa música mude de ritmo, até porque estamos cheios de tantas explicações sem
soluções.
Na Fórmula 1 foi a mesma
ladainha. Quem errou na tática pagou um preço muito alto. Foi o que aconteceu
com o Rosberg que acertou nos pneus, mas errou na hora de trocar. Foi o que
aconteceu na explicação pouco clara do Massa, que largou em nono e chegou em
décimo terceiro. Nem vou tentar entender o que ele quis dizer quando tentou se
justificar, até porque não deu pra compreender nada. Resultado: Hamilton, que
não tem nada com isso, venceu a quarta seguida, assumiu a liderança do
campeonato e o Nico fechou a dobradinha. A Mercedes impõe uma derrota
significativa às outras equipes, em cinco etapas, são 113 pontos de vantagem
sobre a segunda colocada.
Teve também quem acertou na
tática e deu show. Sebastian Vettel, depois da penalização por trocar o câmbio,
largou em décimo quinto e chegou em quarto. Fez ultrapassagens precisas,
rápidas e mostrou que a Red Bull não dormiu durante essas últimas semanas. Ele
tem tudo a ver com a equipe, formam um time forte e deve, quem sabe, incomodar
um pouco as flechas de prata a partir de Mônaco. Outro que parece que esta
querendo dar trabalho, mas não consegue por treinar menos é o Bottas. Ele tem
tudo a ver com a Williams, chegou em quinto e colocou definitivamente dúvidas
em quem a equipe deve favorecer, afinal ele tem quase o triplo de pontos do
companheiro.
No dia das mães, o presente maior
quem deu foi o Felipe Nars. Finalmente, após três temporadas na GP2 ele
conseguiu a tão sonhada vitória, que veio em uma corrida em que a tática
funcionou perfeitamente. Como ele mesmo disse, tirou um peso das costas e segue
livre para tentar se firmar como piloto de ponta e, quem sabe, tirar o Brasil
dessa condição de coadjuvante que atualmente vivemos.
A turma das duas rodas se reúne
nesse fim de semana em Le Mans para mais uma etapa da MotoGP. A esperança é que
a Yamaha quebre a seqüência de vitórias do Marquez até porque, daqui a pouco,
vai ter corrida só pra cumprir tabela.
A gente se encontra na semana que
vêm!
Beijos &
queijos
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