As duas mais importantes categorias do automobilismo tiveram mostraram sensações idĂªnticas


Texto: Eduardo Abbas

Domingo foi um dia, para quem mora em SĂ£o Paulo, nĂ£o tirar a bunda do sofĂ¡. O frio que fez na capital paulista e a programaĂ§Ă£o de esportes a motor na televisĂ£o evitaram que muita gente ousasse tirar o nariz pra fora de casa. AtĂ© porque as duas corridas mais tradicionais do mundo acontecem no mesmo dia, com algumas horas de diferença, mas com o mesmo charme dos 85 anos de MĂ´naco e os 103 anos de IndianĂ¡polis. SĂ³ faltou combinarem com os pilotos para que esses dois marcos do esporte no planeta nĂ£o se transformasse em sonĂ­fero.


Na Europa, a corrida que foi logo de manhĂ£ sĂ³ mostrou a imensa, enorme, gigantesca, abissal diferença entre a equipe Mercedes e o resto. NinguĂ©m teve a menor chance de tirar os dois lugares do pĂ³dio dos pilotos da equipe alemĂ£, sĂ³ no fim da corrida um tal Daniel Ricciardo achou de pentelhar um pouco um Lewis Hamilton nervoso e grosseiro com a equipe. Ele ficou assim por alguns motivos claros: os alemĂ£es vĂ£o ajudar o alemĂ£o, as tĂ¡ticas sĂ£o para os dois, a pista nĂ£o ajuda nas ultrapassagens e, verdade seja dita, ele tomou um sacode enorme do Nico, que nĂ£o quis nem saber, ganhou no principado pela segunda vez na carreira e no ano e voltou a liderar o campeonato.


Mesmo com toda essa “ajuda” da equipe, vai ser uma questĂ£o de tempo Hamilton superar Rosberg, o inglĂªs Ă© mais piloto, tem mais garrafa vazia pra vender e jĂ¡ conquistou brilhantemente um tĂ­tulo mundial. Enquanto isso, ele vai colocando as barbas de molho e esperando dias melhores na categoria. Mesmo assim, a corrida deu sono, foi chata e quase sem disputa. Mas lĂ¡ Ă© isso, largou, se nĂ£o passar logo vai de trenzinho atĂ© o fim, a nĂ£o ser que o carro da frente tenha problemas, com foi o caso do Bottas. AliĂ¡s, um grande motivo de preocupaĂ§Ă£o ver o imbatĂ­vel e inquebrĂ¡vel motor Mercedes fumar, enfim, coisas de corrida.


Quem tambĂ©m deu muito sono, agora jĂ¡ no inicio da tarde, foi a disputa das 500 milhas de IndianĂ¡polis. Corrida em oval Ă© mesmo pra quem gosta, mas as primeiras 150 das 200 voltas, nem bandeira amarela teve, aĂ­ nĂ£o tem cristo que agĂ¼ente mesmo. Depois disso, parece que todo mundo acordou, aconteceram mais algumas bandeiras amarelas e nas ultimas 8 voltas, depois de uma bandeira vermelha, o bicho pegou! Numa tĂ¡tica inteligente, Ryan Hunter-Reay deixou, faltando duas voltas, o Helinho ultrapassar, tomar a ponta e nĂ£o fugir, depois deu o troco e arrancou para uma vitĂ³ria, que se nĂ£o foi soberba, deixou o brasileiro absolutamente desolado, que chorou copiosamente sentado for a do cockpit do seu carro.


Coisas da vida, um grande exemplo de luta para pilotos de outras categorias, que preferem ver a banda passar a saber fazer a hora, nĂ£o esperar acontecer. Eu vou ficando por aqui, no fim de semana tem MotoGP na ItĂ¡lia e, serĂ¡ que Marquez continua mandando? A conferir!

A gente se encontra na semana que vĂªm!

Beijos & queijos

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