Após a quarta corrida do ano, a Mercedes se torna o bicho-papão da temporada
Texto: Eduardo Abbas
Acabou-se a extensão da
pré-temporada da Fórmula 1 e uma coisa ficou clara: o campeão do mundo deve ser
um dos pilotos da Mercedes. A afirmação pode parecer muito prematura, mas nunca
houve um domínio tão grande de uma equipe num inicio de temporada.
Vamos refletir alguns pontos. Dar
aos alemães a oportunidade de construir os motores, ou unidades de potência,
pois agora se trata de um conjunto, foi um erro, até pelo fato de sabermos da
enorme capacidade deles em criar máquinas eficientes. Ter apenas um fornecedor
de pneus também não ajuda em nada, para tentar baratear a categoria, se faz com
que não exista nenhuma competição nesse campo. A guerra, das marcas, ou a falta
dela, trouxe um grande e insolúvel problema para a categoria, agora, vai ser
muito complicado bater as flechas de prata e seus competentíssimos pilotos.
Hamilton dominou completamente a
corrida da China, sobrou na pista e agora esta apenas a 4 pontos do seu
companheiro, que lidera o campeonato desde a abertura. São três mundos à parte:
A Mercedes, que não tem concorrentes até agora; Red Bull, Force Índia, Ferrari
e McLaren, que lutam pelo terceiro lugar no pódio; as outras, entre elas a tão
cantada em verso e prosa Williams, que de favorita esta em sexto na
classificação das equipes, na frente apenas da STR e das 4 zeradas.
No mês que vêm, começa o
campeonato de verdade, agora na Europa, mas já podemos estar certos que, com
essa enorme vantagem que os alemães impuseram aos outros, vai ser complicado
tirar a diferença. Talvez apenas a Ferrari, de chefe novo e animo mais aguçado,
tenha capacidade de brigar um pouco mais, inclusive porque a Red Bull começou a
ter uma incomoda briga interna entre seus pilotos. Coisas de corrida.
Nesse fim de semana que se
aproxima, vamos ter a MotoGP voltando à America do Sul, com a corrida na
Argentina. Os “hermanos”, sem fazer alarde, reformaram um autódromo e adaptaram
ao que a categoria queria. Resultado: ganharam a etapa, enquanto nós ficamos
fazendo barulho e nada acontece.
Tem também Fórmula Indy, que será
impossível de se assistir na TV aberta, por conta do horário, e muito
complicado não se lembrar do seu maior divulgador no Brasil. O Luciano do Valle
nos deixou na semana passada, no começo do feriado ele morreu trabalhando,
deixou um legado, muitos amigos e admiradores. De todas as palavras sobre esse
poeta da narração, as do Galvão Bueno foram as mais importantes. O maior
narrador do Brasil em atividade teve a humildade de admitir que o Luciano era
melhor que ele. Coisa de gente grande, coisa que muito piloto pequeno deveria
ter coragem de fazer.
A gente se encontra na semana que
vêm!
Beijos &
queijos
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