Blindagem
de carros deve bater novo recorde no paĂs em 2013, revela pesquisa da
Abrablin
Texto e fotos: Abrablin
A
blindagem mais praticada no mercado segue sendo a de nĂvel III-A, que suporta
atĂ© tiros de submetralhadoras (pistolas) 9mm e revĂ³lveres .44 Magnum. “HĂ¡
diferentes nĂveis de blindagem que o ExĂ©rcito, Ă³rgĂ£o que fiscaliza o setor,
autoriza. Mas o III-A Ă© o mais adequado Ă atual realidade enfrentada nos grandes
centros, pois garante proteĂ§Ă£o contra as maiores ameaças de armas curtas de fogo
(revĂ³lveres, pistolas e submetralhadoras) em mĂ£os da criminalidade”, afirma
Laudenir Bracciali, presidente da Abrablin.
“NĂ£o
hĂ¡ novidade que explique o contĂnuo aumento do setor. A sensaĂ§Ă£o de insegurança
segue sendo o fator determinante das pessoas na busca por esse tipo de proteĂ§Ă£o.
O que a pesquisa do primeiro semestre de 2013 revela de diferente, porém, é a
participaĂ§Ă£o dos estados do Norte no ranking da produĂ§Ă£o de blindagem, alĂ©m da
permanĂªncia de representante da regiĂ£o Nordeste”, explica Bracciali.
De
acordo com o levantamento, que contou com a participaĂ§Ă£o de 31 blindadoras
associadas Ă entidade e que representam 70% da produĂ§Ă£o total de veĂculos
blindados no paĂs, SĂ£o Paulo, com 70% da produĂ§Ă£o, segue sendo o lĂder na
blindagem automotiva para uso civil. Rio de Janeiro, com 12%, aparece em
segundo, seguido por Pernambuco, com 4%. Amazonas (3%) e ParĂ¡ (2%) completam o
“Top 5” da blindagem no paĂs. Os 9% restantes do universo blindado estĂ£o
distribuĂdos entre Alagoas, Bahia, CearĂ¡, Distrito Federal, GoiĂ¡s, Minas Gerais,
Mato Grosso, ParanĂ¡ e Santa Catarina.
“A
distribuiĂ§Ă£o apontada pela pesquisa sĂ³ reforça que a sensaĂ§Ă£o de insegurança tem
alcançado brasileiros de todas as regiões do Brasil, e que a blindagem deixou de
ser necessidade exclusiva dos estados paulista e fluminense”, diz o presidente
da Abrablin.
Para
empresĂ¡rios do setor, o fator econĂ´mico tambĂ©m pesou para o crescimento do
segmento. “A base de clientes cresceu na medida em que o poder aquisitivo do
brasileiro também aumentou. O valor da blindagem, por sua vez, se manteve
estĂ¡vel, o que trouxe mais carros para os pĂ¡tios das blindadoras”, afirma o
diretor da Concept Blindagens, de SĂ£o Paulo, FĂ¡bio Rovedo de Mello. Durante os
seis primeiros meses desse ano, a empresa blindou mais de 300 carros. No mesmo
perĂodo de 2012, cerca de 240 carros haviam sido blindados.
“Vale
ressaltar que o cliente corporativo tambĂ©m tem importante participaĂ§Ă£o nesse
mercado. Muitas empresas multinacionais instaladas em nosso paĂs impõem, jĂ¡ no
contrato de admissĂ£o de seus executivos, o deslocamento em veĂculo blindado, o
que contribui com o crescimento da frota blindada”, diz o diretor da
blindadora.
Perfil
do usuĂ¡rio
O
levantamento da Abrablin revela tambĂ©m o perfil do usuĂ¡rio de blindagem no
primeiro semestre de 2013. Os homens compõem 57,5% do universo blindado, sendo a
maioria (23%) na faixa etĂ¡ria dos 30 a 39 anos. As mulheres representam 42,5% do
segmento, tendo a maior parte (22,8%) de 40 a 49 anos de idade.
“A
participaĂ§Ă£o maciça das mulheres se dĂ¡ pelo fato de estarem cada ano mais
inseridas no mercado de trabalho, passando grande parte do dia fora do lar. E,
como se sabe, sĂ£o vĂtimas preferidas da criminalidade. A blindagem surge, entĂ£o,
como necessidade de proteĂ§Ă£o”, explica Bracciali.
Do
universo total dos usuĂ¡rios, 79% sĂ£o executivos/empresĂ¡rios; 10%
artistas/cantores; 6% juĂzes; e 5% polĂticos.
A
pesquisa da entidade trouxe, ainda, os carros mais blindados no perĂodo. O
campeĂ£o foi o Tiguan, modelo da Volkswagen, seguido pelo Range Rover Evoque, da
Land Rover. O Jetta Sedan, da Volks, o Corolla, da Toyota, e o Range Rover
Discovery, tambĂ©m da Land Rover, completam a lista dois veĂculos que mais
receberam a proteĂ§Ă£o blindada.
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