Um suspense sobre o novo sonho americano,
direcionado pelos computadores e que faz com que o amor seja tratado em segundo
plano
Estréia
nessa sexta-feira o novo filme do cantor/ator Justin Timberlake, que
tem a companhia da deslumbrante Gemma Artenton e do quase
ventríloquo Ben Affleck, isso mesmo, porque nas cenas em que o texto tem
que fluir, ele mal movimenta os lábios, a não ser no momento de falar espanhol,
língua que domina e que, ao que parece, melhora muito sua interpretação. Aposta
Máxima (Fox) é um desses filmes sobre o sonho do dinheiro rápido e
fácil, muitas vezes fazendo suas vitimas pela vida.
No
caso, Richie
(interpretado por Justin Timberlake)
é aluno da Universidade de Princeton. Ele acredita que foi vítima de um golpe,
então viaja para a Costa Rica para confrontar Ivan Block (interpretado por Ben
Affleck), o chefão das apostas da Internet. Richie se apaixona por uma parceira de Ivan, a sofisticada e lindíssima Rebecca Shafran (interpretada por Gemma Arterton) e mergulha em um mundo em que todas as suas
fantasias se tornam realidade.
As locações na Costa
Rica são ao mesmo tempo deslumbrantes e tristes, mostrando bem o contraste que
existe entre ricos e pobres nesse e em outros países out USA. Com uma
fotografia muitas vezes escura demais para os padrões cinematográficos atuais,
marcas do diretor, produtor e roteirista BRAD FURMAN, que tem no currículo filmes como O
Poder e a Lei (2011), Em Busca de Justiça (2008), e muitos
documentários e curtas, o filme às vezes torna-se cansativo pelo uso exagerado
das steadycam em cenas longas, mas por outro lado revela uma situação teatral
agradável, com as atuações sempre bem coordenadas dos atores. O que dificulta
um pouco e incomoda no filme é a pouca utilização de planos médios, os takes
geralmente são muito abertos ou muito fechados, não dando em algumas seqüências
o impacto desejado. Um detalhe que pode passar despercebido é a ausência de
placas nos automóveis que participam da ação central, falha da direção de arte
mas que ajuda na hora de se prever o que vai acontecer.
Um dos produtores, o
ator Leonardo
DiCaprio, tem por lema sua dedicação ao meio ambiente em
escala mundial. Já produziu projetos criativos como o documentário A
Última Hora, liderou várias campanhas de conscientização pública e
criou a Fundação Leonardo DiCaprio. Faz parte do conselho do Fundo Mundial de
Defesa da Vida Selvagem, do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais e do Fundo
Internacional de Bem Estar dos Animais, e não entrou nessa de graça, esse é um
filme para ser, na verdade, um aviso aos jovens que querem chegar lá sem remar
o barco, chegar agora e sentar na janelinha, achar que o mundo está à sua
disposição e que as coisas são só chegar e pegar. Não é uma aula, é um alerta
bem direto e que mostra suas conseqüências mais sombrias.
Um filme para ser
assistido e assimilado, um jeito Hollywoodiano de se dizer, façam
suas apostas e agüentem o que vem depois.
A gente se encontra na semana que vem!
Beijos &
queijos
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