Ouve-se
agora uma pergunta que não quer calar: quem pode vencer Vettel? O que esse
menino de apenas 26 anos esta fazendo no automobilismo mundial é digno de
respeito e deferência. A conquista de um campeonato, com todas as suas
variáveis e circunstancias desfavoráveis, e que na mão desse alemão se tornam
coisas simples, impressionam. Em apenas 6 anos na Fórmula 1, ele já conquistou
4 títulos e, caso se aposente daqui a 10 anos, deve conquistar outros mais.
Ele, a cada dia, começa a pulverizar os recordes até então imbatíveis do
Schumacher, entrou no seleto grupo de tetra campeões e segue a passos largos
para um provável penta ano que vem.
Não
é apenas a conquista em si, é o respeito que ele tem com todos que o cercam, é
a reverencia emocionante feita ao carro no fim da corrida para mostrar ao mundo
que ninguém consegue nada sozinho. Como eu já havia dito em algumas colunas
anteriores, ainda bem que a fase Dick Vigarista da Fórmula 1 acabou, pelo menos
nos últimos 5 anos, ainda bem que temos um cara como o Vettel para admirar e
servir de exemplo para os futuros pilotos, sorte estarmos vivos acompanhando
aquele que, em pouco tempo será o maior de todos.
Cuidar
do carro com o carinho que ele cuidou após o treino classificatório, levando
ele mesmo o ventilador para refrigerar os freios, é uma demonstração de
respeito, não somente com a máquina que o carrega nas grandes conquistas, mas a
todos, engenheiros e mecânicos que fizeram esse bólido ser o mais imbatível de
todos. Chego ao exagero de dizer que, esse carro é muito mais forte que a
Williams de Prost, o tal carro de outro planeta responsável por levar o francês
ao tetra há exatos 20 anos atrás, esse sim pode ser considerado alienígena.
Não
quero aqui exagerar nos adjetivos para exaltar a capacidade e a competência
desse alemão, isso todo mundo já sabe e alguns poucos ainda insistem em querer
compará-lo a pilotos de épocas e condições diferentes. Não existe hoje ninguém
que possa encarar o desafio de quebrar a hegemonia da equipe Red Bull nem sua
competência na pista, o casamento perfeito da técnica com a habilidade esta
longe de ser encontrada em outro box.
Enquanto
isso vivemos a incerteza de ter um brasileiro em condições de voltar a mandar
nesse esporte. Por mais que digam que o Massa continua em 2014 em uma equipe X
ou Y, isso de verdade, pouco importa, sabemos que ele não vai ter chance de
vitórias ou mesmo conquistas em equipes pequenas. Devemos voltar nossos olhos
para uma nova geração a ser formada. A do Felipe acabou e a do Nasr nem chegou,
e quando chegar talvez não encontre espaço em uma equipe grande. A verdade é
que devemos começar a pensar nos próximos 6 ou 7 anos, tempo suficiente para
tentar lapidar algum talento do kart e buscar novas oportunidades no campeonato
mundial, mas é uma missão impossível, não existe nas empresas nacionais nem nas
que são bancadas pelo governo, um programa para isso. Vivemos uma era de
consumismo exagerado, de educação equivocada e apenas reclamamos da vida por
não saber como mudar nada no país.
Vida
longa ao Vettel, vida longa ao esporte que emociona e cria gênios, e que ano
quem vem apareça alguém para dar um pouco de trabalho pra ele.
Vou
ficando por aqui, citando a emocionante narração que o Galvão Bueno fez na
última volta do GP da Índia. Muita gente não gosta dele, ou pelo menos diz que
não gosta, o importante é que, sem ser meloso e sendo muito preciso, resumiu em
algumas curvas tudo que sabemos, pensamos e vivenciamos desse menino de 26
anos. Simple the Best!
A gente se encontra na semana que vem!
Beijos &
queijos
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