A origem dessa expressão é meio
confusa e não encontrei exatamente onde ela foi usada pela primeira vez, mas me
parece mais cabível uma explicação de que ela foi usada na época dos cowboys,
nos Estados Unidos, pois alguns bandidos pouco habituados a usarem armas, às
vezes não conseguiam tira-las da cartucheira e atiravam ferindo o próprio pé.
Em português mais claro, isso
significa de verdade fazer uma grande merda contra si, se colocar em uma
posição ruim por uma ação de planejamento muito errada.
Bang bang à parte, o fim de
semana, que acabou na madrugada de domingo e de quebra com o insuportável
horário de verão começando, foi na verdade um grande tiroteio tanto na Motogp
quanto na Fórmula Indy. A categoria de 4 rodas foi a primeira a começar e quase
termina depois das motos, foram horas de uma corrida chata, sem disputa direta
entre os dois possíveis candidatos ao título e com os coadjuvantes fazendo suas
lambanças, provocando uma enxurrada de bandeiras amarelas e, por mais ridículo
que seja, apenas 9 carros receberam a bandeirada final.
Foi uma final tão sem pé nem
cabeça que, em determinado momento, o Dixon nem precisava chegar, podia ter
parado no boxe, tomado um café e voltado pra receber a taça de campeão. Ao
Helinho restou apenas lamentar o fim de semana, mesmo levando 1 ponto extra por
liderar algumas voltas, o campeonato do brasileiro não pode ser considerado
exemplar. Como eu havia dito na semana passada, a falta de sangue nos olhos
durante a temporada custou caro, com apenas uma vitória e administração de
pontos, ele estava sujeito a levar uma virada e não ter forças para reagir.
Fica mais uma vez a lição, essa coisa de administrar migalhas não cabe em
categorias Top. Vamos para o ano que vem, com um campeonato compacto que agora
a Indy vai ter, será possível para algumas equipes e alguns pilotos enxergar
melhor o que deve ser feito, a vantagem é de quem tem mais dinheiro e pode se
recuperar mais rápido. Terceira festa do neozelandês, festa da equipe Chip
Ganassi, festa dos motores Honda e para os outros, olho em 2014.
Já na Motogp, faltou a
competência do time Honda que estava em Fontana. Os atrapalhados de plantão na
Austrália cometeram um dos maiores erros de estratégia que já vi na vida. Na
Fórmula 1 já teve cara ficando sem gasolina por conta errada, mas as variáveis
do tipo, peso do pé do piloto, absolvem esses engenheiros, agora, na Motogp é
inexplicável, parece que todo mundo fugiu da escola.
Pior que se atrapalhar em uma
conta de 10 voltas, numa etapa confusa, errada, com regras feitas na calada da
noite, foi penalizar o grande astro do ano. A Bridgestone assinou um atestado
de incompetência ao afirmar que os pneus não durariam mais de 10 voltas e que
os pilotos deveriam trocar de motos. A prova foi que o Bryan Staring deu mais de
15 voltas, nas 19 da corrida, com os mesmos pneus e nada aconteceu, ele foi
desclassificado porque trocou de moto depois da janela, como fez o Marquez, mas
esse foi por culpa da conta errada do time. Amigo, 10 são 10, se tivessem que
contar nos dedos não tinha erro, salvo algumas exceções, mas mesmo assim, se
estivesse faltando não aconteceria nada e ele remaria mais calmamente para o
título ou teria conquistado lá mesmo.
Venceu o Lorenzo, pela 50ª vez em
100 GPs disputados, e diminuiu para 18 pontos a diferença. Não acredito que o
Marquez se abale com o desastre nem que venha a perder a taça do ano, o que ele
deve fazer é ficar de olhos bem abertos, pois parece que estão tentando dar uma
rasteira no fenômeno.
Vou ficando por aqui, no fim de
semana tem mais Motogp só que agora no Japão, casa da Honda. Acho complicado os
nipônicos deixarem escapar a vitória em casa, portando, tudo deve voltar à
normalidade. Tem também Fórmula 1 na Índia, onde o Vettel pode
fechar o campeonato e as equipes definirem seus times. Agora se fala no Massa
na Williams, por conta de uma eventual saída do Maldonado para a Lotus. Ambos
têm como empresário o Nicolas Todt, filho do Jean presidente da FIA, que parece
estar mexendo os pauzinhos. Como o Felipe disse que somente continuaria em uma
equipe com chance de vencer corridas, a escolha é meio equivocada. Com sua
saída, o venezuelano levaria embora os 35 milhões de Euros e o Felipe entraria com 6 milhões de Euros da
Petrobras. É só fazer a conta, se com 35 não vai, que dirá com 6.
A gente se encontra na semana que vem!
Beijos &
queijos
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