Um dia acontece. Como os meteoros que atingiram a RĂºssia na semana passada, grandes empresas e grandes negĂ³cios sempre vĂ£o passar por crises e descer de seus enormes pedestais
Vimos nos Ăºltimos anos a derrocada e a quase falĂªncia de varias gigantes de todos os ramos de negĂ³cio, vimos a imponente UniĂ£o SoviĂ©tica se transformar em vĂ¡rias republiquetas, trazendo com ela a mazela dos seus habitantes, deixando expostas feridas muitas vezes sem serem cicatrizadas.
Um dia ia começar a acontecer com a FĂ³rmula 1. No Brasil ela começou a dar sinais de fraqueza quando da morte do Ayrton Senna, recuperou-se no começo do sĂ©culo na era Schumacher, mas agora parece que começa sua curva descendente nĂ£o sĂ³ aqui como no mundo todo.
Por aqui a categoria mais importante do automobilismo sobrevive com Ăndices de audiĂªncia ainda bem aceitĂ¡veis, mas isso nĂ£o significa que o esporte seja esse sucesso todo. A morte quase que iminente das categorias nacionais de carros e motos nĂ£o deixa na verdade outra opĂ§Ă£o para quem gosta de esportes Ă motor. Dizer que os amantes da velocidade sofrem Ă© uma grande mentira, pois esses sĂ£o eventuais, sĂ£o os amores que na verdade se vĂªem Ă³rfĂ£os de outra opĂ§Ă£o de entretenimento nesse setor.
Por isso o futebol cresce no mundo, por causa disso as maiores verbas publicitĂ¡rias sĂ£o voltadas para esse esporte, por isso no agora no Brasil estĂ£o construindo mais de uma dezena de estĂ¡dios, que devem virar monumentos mortos depois de 40 dias de copa do mundo daqui a um ano, aĂ entendemos porque destruir JacarepaguĂ¡, porque no mundo nos Ăºltimos 10 anos nĂ£o se construiu mais de 10 pistas novas por iniciativa do estado, as poucas que foram feitas aqui e lĂ¡ fora tem muito mais de dinheiro privado que pĂºblico.
SĂ³ para se ter um exemplo claro disso, na semana passada aconteceram os testes em de inverno da FĂ³rmula 1 e da MOTOGP. O espaço dado para a cobertura dos dois maiores eventos Ă motor no mundo foi, aqui no Brasil 1/100 da cobertura da folga dos jogadores de futebol para pularem o carnaval. No caso da moto, nĂ£o houve sequer citaĂ§Ă£o, o mĂ¡ximo foram notas de redaĂ§Ă£o dizendo que estava acontecendo. JĂ¡ em Jerez, onde a FĂ³rmula 1 treinava a cobertura foi um pouco melhor por motivos Ă³bvios, e mesmo o fato do Felipe Massa ser o mais rĂ¡pido de todos os treinos nĂ£o animou ninguĂ©m de forma contundente. Fazer o que?
A FĂ³rmula 1 nĂ£o vai morrer no mundo, isso seria o caos para um segmento de pessoas e empresas a ela ligadas e que vive do glamour que essas corridas proporcionam, alĂ©m de arrastar bilhões de euros para onde se deslocam, mas vai diminuir, perder espaço, se arrastar por migalhas em horĂ¡rios de televisĂ£o ou mesmo espaço em mĂdia por um fato pra lĂ¡ de simples: hoje corre quem tem dinheiro, o talento vem depois, e mesmo que nĂ£o venha nĂ£o vai fazer falta, hoje em dia basta para alguns pais terem uma foto de seus filhos na parede e dizer a celebre frase “meu filho foi piloto de FĂ³rmula 1”.
A gente se encontra na semana que vem!
Beijos & queijos
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